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Estado de Minas DEBATE NA GLOBO

Bolsonaro cita Cytotec em debate e pílula explode nas redes

Medicamento, usado para induzir a interrupção da gravidez, foi citado no debate da Globo durante discussão sobre aborto


28/10/2022 23:20 - atualizado 29/10/2022 11:38

O medicamento Cytotec ficou entre os assuntos mais comentados na noite desta sexta-feira (28/10), após o presidente Jair Bolsonaro (PL) citá-lo durante uma discussão sobre aborto no debate da TV Globo. 


Em um momento da discussão, Lula (PT) questionou o adversário a respeito  de uma declaração em 1992 sobre pílulas abortivas.

"Eu vou ver um trecho aqui: 'Não adianta uma multidão de brasileiros subnutridos sem condições de servir ao seu país', conclui o então deputado, que oferece que seja distribuída pilula de aborto para a sociedade brasileira, em 1992, quando era deputado. Falou isso, ou não? Falou isso, ou não? Não importa, falou isso, ou não? Falou isso, ou não? Pílulas abortivas", disse Lula.

"Trinta anos atrás, 30 anos atrás, abortiva é cytotec, é pílula do dia seguinte, é isso? Outra coisa, 30 anos atrás, eu posso mudar", disse Bolsonaro.

 

 

O que é o Cytotec

Segundo a organização sem fins lucrativos Safe 2 Choose, o Cytotec é uma pílula utilizada para interromper gestações de até 13 semanas. O medicamento possui prostaglandina, que causa um amolecimento e dilatação do colo uterino e contrações uterinas. Assim, causa a expelição da gravidez. 


O remédio surgiu como uma alternativa para a curetagem, procedimento de “limpeza” uterina após um aborto natural. Por conta da capacidade de interromper uma gestação, o medicamento é proibido no Brasil, mas é possível encontrá-lo em mercados paralelos e em ONGs pró-aborto.

Pílula do dia seguinte não é abortiva

Ao contrário do que foi dito por Bolsonaro, a chamada pílula do dia seguinte ou pílula de emergência não é considerada um método abortivo pela literatura médica. O medicamento é indicado para após relações sexuais vaginais sem proteção e deve ser utilizado até 72 horas após o ato, reduzindo em até 75% a chance de engravidar.


A pílula age liberando hormônios que impedem o desenvolvimento de4 folículos ovulatórios, impedindo a ovulação e, consequentemente, a fecundação. O medicamento também retarda o transporte dos espermatozóides pelas tubas uterinas, ficando mais lentos. A pílula também torna o colo uterino mais espesso, dificultando a migração dos espermatozoides para dentro do útero.


A pílula do dia seguinte é encontrada facilmente em qualquer farmácia e até em unidades básicas de saúde. Apesar de não precisar de receita, seu uso frequente não é indicado, já que pode reduzir sua eficácia.


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