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Estado de Minas NO PRÓXIMO DOMINGO

Eleições: ações na Justiça pedem ônibus gratuitos e manutenção da frota

Em BH, vereadora pede que frota de ônibus não seja reduzida. Já o Rede Sustentatibilidade requer a gratuidade no dia das eleições. Objetivo é evitar abstenções


28/09/2022 22:02 - atualizado 28/09/2022 22:48

Ponto de ônibus na Rua Tamoios, no Centro de Belo Horizonte, em 12 de julho
Ponto de ônibus na Rua Tamoios, no Centro de Belo Horizonte, em 12 de julho (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press/Arquivo)

Uma ação popular protocolada no Tribunal de Justiça de Minas Gerais nesta quarta-feira (28/9) pede que as empresas de transporte coletivo de Belo Horizonte não retirem ou diminuam a frota de veículos e linhas em circulação no próximo domingo (2/10), data na qual os brasileiros vão às urnas para escolher presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. O documento foi remetido ao TJMG pela vereadora Bella Gonçalves (Psol). 

Segundo ela, “o transporte é um direito que dá acesso a outros direitos”. “Em um dia tão importante para a democracia no país, como o dia das eleições, é preciso oferecer meios para que as pessoas possam se deslocar com tranquilidade e segurança. Garantir que a frota circule neste dia é fundamental para que todos possam exercer a sua cidadania”.
 
Bella destaca, ainda, que “as empresas de ônibus de BH vêm descumprindo regras na prestação do serviço à revelia das multas aplicadas, que, aliás, são de valores irrisórios”. “Queremos a fixação de um valor superior da multa aplicada para as empresas que reduzirem sua frota no dia das eleições. Votar é um direito e transporte público o viabiliza.”
 

Transporte público gratuito

Para além da capital mineira, o partido Rede Sustentabilidade protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), também nesta quarta-feira, pedindo que a corte determine a obrigatoriedade das prefeituras em oferecer, no domingo, o serviço de transporte público gratuito e com frequência maior ou igual do que a estipulada para os dias úteis. 
 
O documento apresentando ao STF pede que as prefeituras mantenham todas as políticas públicas de gratuidade de transporte válidas nas eleições de 2018 e que seja feita escala de revezamento para que empregados e demais colaboradores dos serviços de transporte tenham tempo para conseguir votar.
 
Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) é assinada pela Rede, mas foi debatida pela coligação de partidos que apoiam a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
 
“Não houve uma eleição tão importante para todos nós quanto essa. O poder público tem o dever de garantir a todos os brasileiros o direito constitucional de acesso aos locais de votação", afirma o senador, que, inclusive, é um dos coordenadores da campanha do petista. 
 

Porto Alegre não terá passe livre pela primeira vez desde 1995

Previsto em anos anteriores para facilitar o voto nos domingos eleitorais na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre não terá passe livre no seu sistema de ônibus pela primeira vez desde 1995. A gratuidade caiu em dezembro do ano passado após uma revisão da legislação do município que assegurava o benefício. 
 
De autoria do Executivo, a nova lei foi aprovada, à época, por 20 votos a 13 na Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Sebastião Melo (MDB). Até o momento, a prefeitura diz que não pretende recuar da decisão. 
 
Além de críticas nas redes sociais, a medida é rechaçada por políticos de esquerda, que veem nela uma forma de dificultar o voto de eleitores de baixa renda, aumentando, consequentemente, a chance de abstenção.
 
À época, Melo justificou a medida com o argumento de que os locais de votação são bem distribuídos pela cidade e costumam ser próximos às residências dos eleitores.
 
A tarifa de ônibus em Porto Alegre é de R$ 4,80, mais do que a multa de R$ 3,51 estabelecida pela Justiça Eleitoral para quem não votar. Ou seja, caso seja necessário pegar um ônibus para chegar à seção eleitoral, é mais caro votar do que se abster.

*Com informações da Folhapress


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