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Estado de Minas EM ENTREVISTA

Cabo Tristão mira em Bolsonaro para tentar ganhar votos

Cabo da PM é o candidato do PMB ao Governo de Minas e quer representar a 'direita conservadora'


23/09/2022 04:00 - atualizado 23/09/2022 09:32

Cabo Tristão, candidato do PMB ao governo de Minas, chama Zema de ''oportunista''
Cabo Tristão, candidato do PMB ao governo de Minas, chama Zema de 'oportunista' (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Integrante da Polícia Militar, Cabo Tristão (PMB) se apresenta como mais um nome alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa ao governo de Minas em 2022. Aos 36 anos, o militar vai para sua terceira disputa eleitoral e tenta a primeira vitória ancorado na posição firme “de direita”, com críticas ao governador Romeu Zema (Novo), que tenta reeleição. O candidato afirmou ontem, ao “EM Entrevista”, podcast de política do Estado de Minas, que se considera o verdadeiro nome bolsonarista. Ele, inclusive, disse que vai conversar com Bolsonaro hoje. O presidente faz comício em Divinópolis e Contagem.

“Amanhã [sexta-feira], eu vou estar conversando com o presidente Bolsonaro, com todos os grupos de direita que vão estar reunidos em Minas Gerais, e esse é o momento de a direita se unir. Esse é o momento em que a gente vai colocar realmente um candidato para o segundo turno em Minas Gerais, disse.

O nome oficial de Bolsonaro na disputa mineira é Carlos Viana (PL). Contudo, o candidato do PMB afirma que há espaço aberto para levar a “direita conservadora” adiante na corrida. “Viana tem os méritos dele, é um senador da República, porém, ele não é o candidato do Bolsonaro, e ele mesmo disse isso, ao vivo. E o presidente Bolsonaro, na minha terra lá em Juiz de Fora, no dia 16, disse: 'Para governador, vocês vão votar com a razão, vocês vão votar naqueles que vão realmente defender a direita conservadora em Minas Gerais’”.

Tristão disse considerar Zema um “oportunista”. “Quem elegeu Zema foi Bolsonaro,  não foi o Zema que elegeu o Bolsonaro. O Zema usou do palanque do Bolsonaro em 2018 e agora num momento crucial, na reeleição do presidente, ele não deu palanque. Hoje o Zema é tido como uma pessoa oportunista pelas alas bolsonarianas aqui em Minas”.

Ele complementa, como estratégia de disputa: “É colocar um candidato de direita no segundo turno, tirar o Kalil, tirar o Lula do segundo turno aqui em Minas Gerais, e elegermos o Bolsonaro em Minas Gerais. É em Minas Gerais que se decide eleição presidencial. Então, quero dizer que hoje Romeu Zema está fazendo um desserviço para a direita no Brasil”.

As críticas também se dão no âmbito governamental. O candidato, servidor público estadual, abordou uma falta de diálogo de Zema com o funcionalismo público e considera que a dívida com a União pode ser resolvida de forma política, não via Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “Um completo desastre. Falta de comunicação, falta de diálogo, falta de atendimento, falta de olhar no olho. Eu fico até mais nervoso neste momento, porque o que Romeu Zema fez com o serviço público? Culpar o serviço público pelo déficit orçamentário. O déficit orçamentário foi feito por dívidas de governos antigos que pegaram dinheiro emprestado com o governo”, afirmou.

“A gente tem que federalizar essa dívida. A União não pode ser agiota do estado, o estado não pode ser enforcado pela União com essa dívida, acrescentou posteriormente, ao abordar uma solução para pagar a dívida do Governo de Minas - de R$ 141,5 bilhões. 

Segundo turno

Fiel à segurança pública, Cabo Tristão afirma que a união com a classe é fundamental para um apoio a algum candidato em um eventual segundo turno.

“Nós temos a responsabilidade, da segurança pública, de colocar a nossa pauta da segurança pública no segundo turno. Essa pauta vai ser apresentada numa carta aberta, e essa carta aberta tem que ser assinada. Aquele que realmente se comprometer com a segurança pública, a gente vai fechar com ele”.

Partido da Mulher

Representante do Partido da Mulher Brasileira (PMB), a chapa de Cabo Tristão não conta com uma mulher para o Governo de Minas - Antônio Otávio (PMB) é o candidato a vice-governador. O candidato ao governo mineiro abordou essa questão e diz que o partido vida dar chances a “aqueles que não têm abertura na política”.

“O Partido da Mulher Brasileira tem uma missão, que é dar oportunidades para aqueles que não têm abertura na política, quebrar, furar essa bolha política. Quando eu respondo essa pergunta, eu respondo até com muito gosto. Porque eu demonstro que a minha candidatura, de um jovem, militar, e candidaturas de mulheres que querem entrar na política são notoriamente vetadas, barradas. Sou muito grato ao Partido da Mulher Brasileira por deixar e acreditar na minha candidatura aqui em Minas”. 

Próximas entrevistas

A série de sabatinas dos Diários Associados Minas com os candidatos  ao governo do estado está sendo realizada às 17h30, com transmissão ao vivo pelo canal do Portal Uai no YouTube e pelo site do Estado de Minas. E às 19h15  no “Jornal da Alterosa”, na TV Alterosa. Confira as datas das entrevistas:

Hoje – Indira Xavier (UP)
 
26/9 – Romeu Zema (Novo)
 
27/9 – Lourdes Francisco (PCO)
 
28/9 – Carlos Viana (PL)
 
29/9 – Marcus Pestana (PSDB)
 
30/9 – Lorene Figueiredo (Psol)


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