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Estado de Minas COMBUSTÍVEIS

Investigação da Petrobras é defendida por Bolsonaro e oposição

Analistas acreditam que CPI seria arriscada para o governo, pois um eventual colegiado pode se transformar num palco de críticas


20/06/2022 04:00 - atualizado 20/06/2022 07:43

Bolsonaro com cara de irritado com Bandeira do Brasil ao fundo
(foto: AFP )
Brasília – A intenção do presidente Jair Bolsonaro de criar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a Petrobras, às vésperas das eleições, é vista por analistas como arriscada, pois um eventual colegiado pode se transformar num palco de críticas ao governo, como ocorreu com a comissão do Senado que investigou a pandemia de COVID-19. Tanto que parlamentares da oposição não são contrários à ideia.

“De CPI eu entendo. Sou o primeiro a propor! Em um breve roteiro já podemos: investigar a Petrobras, que integra o governo, depois investigar os presidentes da Petrobras, que Bolsonaro mesmo nomeou, e vamos chegar à resposta que a responsabilidade é do próprio governo”, diz o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI da COVID no Senado.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), no entanto, afirma que a eventual CPI da Petrobras não deverá ter os mesmos rumos da CPI da COVID do Senado. “Essa CPI será na Câmara e terá outra composição”, disse ele ao Correio Braziliense. Barros ressalvou, porém, que a decisão de formar a CPI não está tomada. “Vamos avaliar, ainda não ficou decidido”, destacou.


Para o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), a formação de uma CPI, sem que seja modificada a política de preços da estatal prejudicaria a imagem da empresa, inclusive, no exterior. “Esse governo já acabou. E atacar a Petrobras, num país sério, uma empresa cuja atividade afeta toda a economia brasileira, com impacto direto na inflação e no bolso do trabalhador, na minha opinião, seria um erro. Por isso, só resta proteger o patrimônio brasileiro. O governo não está interessado nisso, só quer entregar para os amigos do setor de petróleo e gás”, avalia o parlamentar mineiro.

A possibilidade de interferência na Petrobras provocou reações no meio econômico. Em nota divulgada ontem, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) criticou medidas que visem controlar os preços dos combustíveis por qualquer via. “O IBP defende os princípios da liberdade econômica e a livre formação dos preços dos produtos da cadeia petrolífera como o único caminho possível para a consolidação de um mercado mais competitivo no Brasil”, diz a nota.

“A situação atual é complexa e não tem uma solução rápida. (...) Dessa forma, o IBP não apoia o controle de preços na cadeia de abastecimento ou a criação de gravames para exportação de petróleo”, finaliza o documento.


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