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Estado de Minas CORRIDA ELEITORAL

Kalil diz que Zema 'mente' e atribui 'débil mental' à 'força de expressão'

Ex-prefeito de BH passou por Mucuri e Jequitinhonha ao lado de lideranças do PT; ele cumpre a primeira série de agendas com André Quintão, parceiro de chapa


03/06/2022 18:15 - atualizado 03/06/2022 19:29

Alexandre Silveira, Kalil e o deputado Rogério Correia observam produtos típicos em feira de Araçuaí
Alexandre Silveira e Kalil visitaram feira em Araçuaí (foto: Alexandre Silveira/Instagram)
Depois de chamar Romeu Zema (Novo) de "débil mental", ontem, Alexandre Kalil (PSD) afirmou, nesta sexta-feira (3/6), ter lançado mão de uma "força de expressão". Enquanto cumpria compromissos interior de Minas afora, o pré-candidato ao governo estadual disse que o rival é "mentiroso".

 

Kalil deu o pontapé em uma série de viagens ao lado de lideranças petistas. Os périplos pelo interior começaram por Teófilo Otoni (Vale do Mucuri) e em Araçuaí (Vale do Jequitinhonha), regiões de baixa renda onde os petistas demonstraram força nas eleições, com uma grande influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi a primeira série de agendas do pessedista ao lado do deputado estadual André Quintão (PT), pré-candidato a vice em sua chapa. 

 

Em entrevista à Radio Teófilo Otoni FM, na cidade do Mucuri, na manhã desta sexta, Kalil deu a entender que tinha recolhido a artilharia pesada contra Romeu Zema. Ele negou que tivesse chamado o atual governador de "débil mental" em entrevista ao "Flow Podcast" na quarta-feira (1º/6).

 

"Foi uma força de expressão que usei numa entrevista. Acho que ele demora um pouco a captar. Foi uma força de expressão. Ele fez uma discussão, com grande profundidade, informando para a população que emprego é mais importante que cesta básica. Eu disse que quer qualquer débil mental sabe disse. Então, foi essa força de expressão. Não foi (nada de) ofensivo, não", afirmou.

 

Logo depois, Kalil "esqueceu" o seu lado apaziguador e virou novamente sua bateria e direção a Zema, a quem chamou de "mentiroso". "Prefiro falar que o governador de Minas é um débil mental do que dar entrevista falando que o prefeito de Belo Horizonte não fez nada para (combater) a enchente - enquanto estamos com 159 obras de encosta e uma obra de quase R$ 400 milhões para debelar enchentes. Então ele mente. Ele mente. Melhor ser chamado de débil mental - eu sou -, mas mentiroso eu não sou".

O ex-prefeito de Belo Horizonte fez essa afirmação logo depois de responder a uma pergunta sobre seu estilo de não medir palavras para responder aos adversários. O entrevistador perguntou: "O senhor, quando é ofendido, usa em suas redes sociais palavrões, desatino, na verdade, não tem papas na língua. Até que ponto esse comportamento é bem avaliado por seus admiradores?" Kalil não titubeou e respondeu que "nasceu assim" e que não muda. 

Disse também achar que esse tal comportamento não o atrapalha em nada, porque tem apoio da família e "fala a verdade". "Tenho 63 anos. Sou pai de três filhos e avô de cinco netas. Nascim assim. Construí minha vida assim. Tenho um filho médico e dois advogados. Tenho duas noras médicas e uma advogada; Tenho uma família em volta de mim. Então, se você falar merda, falar cocô ou falar bosta, atrapalha a criação da família? Não atrapalha, cara."

Ele ainda assegurou: "Você tem que ter amor no coração, tem que trazer sua família para perto de você. Tem que ter o amor de seus filhos, dar amor a seus filhos, ter uma mulher espetacular do seu lado, uma companheira. Então, esse é meu jeito. Esse meu jeito de falar nunca me atrapalhou, não. Eu sou um cara da verdade".

Kalil revela papo com Lula: 'Levanta da cadeira'

Na noite de quinta-feira, o pré-candidato a governador do PSD participou de um encontro com comerciantes e empresários de Teófilo Otoni, onde foi anfitrionado pelo prefeito Daniel Sucupira (PT). Ele pernoitou na cidade. Na manhã desta sexta-feira, em Araçuaí, acompanhado do deputado estadual André Quintao (PT), do senador Alexandre Silveira (PSD), nome concorrente ao Senado da chapa, e deputados federais e estaduais petistas, Alexandre Kalil visitou a feira livre do município.


Depois, participou de uma reunião com lideranças. Durante o encontro, Kalil destacou o acordo com os petistas e com o ex-presidente e pré-candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Logo no inicio do discurso, afirmou que foi Lula que o convidou para concorrer ao governo de Minas.

"Ele disse: 'Levanta dessa cadeira (de prefeito de Belo Horizonte) que eu vou governar o Brasil e você vai governar Minas Gerais'". 


Na reunião em Araçuaí, o ex-prefeito de BH voltou a dirigir críticas ácidas ao governador Romeu Zema. "O atual govenador diz que não quer governar com o (ex) presidente Lula. Ora, o (ex) presidente Lula está eleito. O (ex) presidente Lula vai ocupar a presidência da República. Se ele não quer governar com o (ex) presidente Lula, ele realmente vai ter que sair do Palácio Tiradentes, porque nós vamos governar com o (ex) presidente Lula, que vai ser o presidente eleito do Brasil", disse. Em outro momento, Kalil afirmou. "Eu preciso de vocês. Eu preciso que meu nome seja levado aqui, nesse lugar que aquele idiota achou que iria arrumar empregada doméstica a R$ 300."

Embora ele não tenha explicado, foi uma referência indireta a uma fala de Romeu Zema durante a campanha de 2018, quando o atual governador disse que no Vale do Jequitinhonha se contratava "uma empregada doméstica para ganhar R$ 300 por mês". Em seus disparos na reunião em Araçuaí, o ex-prefeito criticou a "elite" e não perdoou a classe empresarial, chegando a citar nominalmente a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

"O governante é quem cuida do povo. Só posso cuidar do povo do Jequitinhonha, do Mucuri, do Norte de Minas, do Triangulo e do Sul se esse povo me entregar a caneta para eu despachar aquele bilionário, aquela Fiemg do poder", disse Kalil.

 

Relembre a troca de farpas


Ao participar do Congresso de Municípios, ontem, Romeu Zema rebateu Kalil em relação ao uso da expressão "débil mental". "Recebi uma empresa pequena e multipliquei. Ele [Kalil] sempre viveu na sombra do pai, depois na sombra do Atlético, que também melhorou depois da saída dele. E eu desafio ele a fazer um teste de QI. Talvez se eu seja (sic), ele é muito mais. Então, fica aqui o desafio", disse Zema em entrevista coletiva após falar aos prefeitos mineiros no congresso, realizado pela Associação Mineira de Municípios (AMM).

 

Ao discursar para os prefeitos no mesmo evento, Kalil usou o espaço como direito à réplica e afirmou a prefeitos: "Quero pedir duas gentilezas públicas ao governador: que nunca mais cite o nome do meu pai em nenhuma entrevista dele, e que nunca mais fale da minha vida privada em nenhuma entrevista. Porque, por enquanto, nós estamos falando em governo, em como governar. Eu vim aqui para debater como governar, como melhorar esse estado, que está estagnado".

 

 

 


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