Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Felipe d'Ávila 'marca data' para o 'velório' da terceira via

O pré-candidato do Novo à presidência da República, Felipe d’Ávila, não crê na construção de um nome de consenso para ser apresentado como opção a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), líderes das sondagens eleitorais. Nessa quarta-feira (11/5), ele afirmou que, apesar das articulações de partidos do centro à direita, a terceira via “acabou” e será definitivamente sepultada em 18 de maio, data escolhida por MDB, Cidadania e PSDB para oficializar uma escolha única rumo ao pleito nacional. 





Enquanto cumpria agendas em Belo Horizonte, d’Ávila participou do EM Entrevista, podcast do Estado de Minas. “Acabou a terceira via. Dia 18 é o velório da terceira via, porque ela não vai acontecer por uma razão muito simples: essa negociação, antes era baseada na discussão de projetos de país — o que fazer para a recuperação econômica, geração de renda e emprego”, disse.

“Depois, a conversa da terceira via foi sequestrada pelo caciquismo político, que não quer discutir projeto de país. Eles querem discutir quantos deputados ‘vou’ eleger, os candidatos nos estados e as alianças ”, emendou.

O grupo de legendas que busca uma opção consensual tem à mesa nomes como João Doria, vencedor das prévias do PSDB e ex-governador de São Paulo, e Simone Tebet (MDB), senadora eleita pelo Mato Grosso do Sul. O União Brasil, cujo pré-candidato é o deputado federal Luciano Bivar (PE), chegou a participar das tratativas, mas deixou a coalizão. 





“A terceira via vai morrer porque o objetivo dela é eleger o maior número de deputados federais, o fisiologismo político, para garantir mais recursos públicos às próprias campanhas. Não se discute país e, por isso, o Novo está fora do debate”, decretou d’Ávila.

Cientista político, ele aparece com cerca de 1% na pesquisa Genial/Quaest divulgada nessa terça. Tebet tem o mesmo percentual e, acima deles, está Doria, com 3%. Bivar não chegou a um ponto.

O pré-candidato crê que o Novo pode ocupar o espaço da terceira via caso nenhum postulante decole nas pesquisas.





“Vamos ter a eleição com o menor número de candidatos presidenciais. Na última eleição, houve 13 candidatos. Vamos ter, neste ano, quatro ou cinco. Isso é bom para a eleição e para o eleitor discutir, entender melhor as propostas e, inclusive, poder optar fora da bolha Lula-Bolsonaro”, assinalou.

d’Ávila conversou com potenciais candidatos

Antes do “sequestro” citado durante a entrevista, Felipe d’Ávila manteve diálogo com nomes como os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro, ambos do União Brasil. Simone Tebet também foi consultada por ele. A ideia era formular um conjunto de propostas.

“Sempre disse, em todas as minhas conversas pessoais, com Moro, Tebet e Mandetta, lá atrás, que tem de ser uma conversa em torno de agenda de país. A terceira via tinha de se chamar a única via para gerar renda, emprego e crescimento econômico para o Brasil”, falou.




 
 
 

O "Beabá da Política"

série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTokInstagramKwai YouTube.

Confira os vídeos já publicados:

#01: Como tirar o primeiro título de eleitor?
#02: O que significa anular o voto na eleição?
#03: Quais são as funções dos Três Poderes?
#04: Qual a diferença entre o Senado e a Câmara?