Jornal Estado de Minas

ENCERRANDO AGENDA EM MG

Lula critica privatizações e denuncia Bolsonaro na gestão da pandemia

Cercado pelos apoiadores que ovacionavam cada fala, o ex-presidente e pré-candidato às eleições presidenciais Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante discurso no Sport Club em Juiz de Fora, criticou as movimentações políticas que flertam com as privatizações das empresas do país. Ele também acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de negligenciar a condução da pandemia de COVID-19. Com a visita à cidade da Zona da Mata mineira nesta quarta-feira (11/5), Lula encerra sua agenda em Minas.




 
"Gostaria de dizer o seguinte ao governo brasileiro e aos empresários: parem de tentar privatizar as nossas empresas públicas. Quem se meter a comprar a Petrobras vai ter que conversar conosco depois da eleição. Parem de tentar privatizar a Eletrobras, pois, se não fosse ela, não haveria o programa 'Luz pra Todos', que custou ao povo brasileiro R$ 20 bilhões e só pôde ser feito porque a empresa era pública. Aprendam a trabalhar, a investir e a fazer política econômica em vez de vender as coisas que já estão prontas", criticou. 
 
Na sequência, Lula estendeu a crítica às privatizações ao citar os Correios, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDS, o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa).
 
O ex-presidente também lembrou que a venda da BR Distribuidora – que fazia parte da Petrobras – fez com que o Brasil começasse a importar mais gasolina. Como consequência, houve elevação dos preços dos combustíveis.




 
"E o presidente da República, em vez de ter coragem de colocar a mão e resolver o problema, fica trocando de presidente da Petrobras e de ministro de Minas e Energia. Ele na verdade não sabe o que está fazendo neste país", afirmou Lula, acrescentando que após a decisão do governo de vender a BR, sob argumento de que haveria concorrência e preços baixos, "o Brasil contabiliza 392 empresas importando derivados, sendo que a gasolina e o diesel são os mais caros do mundo". 
 
As críticas prosseguiram ao citar a gestão do chefe do Executivo nacional em relação à pandemia. "Num governo meu, não teriam morrido 640 mil pessoas por falta de vacina. Quando eu era presidente, surgiu uma gripe, a H1N1. Em três meses, a gente vacinou 83 milhões de pessoas neste país. O país tem cultura da vacina", iniciou.
 
"(...). Um presidente que não teve coragem de colocar uma lágrima nos olhos por causa das mulheres e homens mortos neste país. Ele não se importou com as mortes. Ele dizia que quem tomasse vacina iria virar jacaré, gay, mulher…", complementou o ex-presidente.




 
Por fim, Lula criticou Bolsonaro por colocar em cheque a confiabilidade das urnas eletrônicas. "Ele está dizendo que a urna vai dar em roubo. Sabe por que eu confio na urna eletrônica? Porque se pudesse roubar nela, um torneiro mecânico não teria sido eleito presidente da República duas vezes", declarou Lula, em referência às eleições de 2002 e 2006.
 

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Confira os vídeos já publicados:

#01: Como tirar o primeiro título de eleitor?
#02: O que significa anular o voto na eleição?
#03: Quais são as funções dos Três Poderes?
#04: Qual a diferença entre o Senado e a Câmara?