
"Haja vista que o equipamento eletrônico está descarregado, até a presenta data, não é possível informar, fidedignamente, a localização atual e a real situação do equipamento nem se houve ou não o rompimento da tornozeleira instalada, visto que a descarga completa da bateria impede a coleta de dados gerados pelo software de monitoração", diz um trecho do comunicado enviado ao STF.
A reportagem entrou em contato com a defesa de
Daniel Silveira, que afirmou ainda não ter um posicionamento sobre o assunto.
O parlamentar colocou a tornozeleira eletrônica no dia 31 de março, após descumprir a decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes. Ele chegou a dormir na Câmara dos Deputados para não colocar o aparelho, mas recuou assim que o magistrado fixou multa diária de R$ 15 mil e bloqueio das contas bancárias.
Daniel Silveira foi condenado pelo STF por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições. Relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes votou pela aplicação de pena de oito anos e nove meses de reclusão, inicialmente, em regime fechado para o réu. Ele foi acompanhado integralmente pela maioria dos magistrados.
No entanto, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o perdão aos crimes do deputado Daniel Silveira, na última quinta-feira (21/4). O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
