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Estado de Minas PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

Aras é cobrado durante férias em Paris: 'Vai continuar engavetando aí?'

Procurador-geral da República foi cobrado por 'bolsolão' do MEC e compra de Viagra por parte das Forças Armadas


19/04/2022 10:38 - atualizado 19/04/2022 10:57

Augusto Aras, procurador-geral da República, foi cobrado durante viagem de férias em Paris, capital da França. Em vídeo que circula nas redes sociais desde essa segunda-feira (18/04), dois brasileiros questionam se Aras irá investigar casos como o "bolsolão" do Ministério da Educação (MEC) e a compra de Viagra por parte das Forças Armadas.

"Procurador, vamos investigar o bolsolão do MEC aí, procurador? Dar rolezinho em Paris é legal, e abrir processo, procurador? Ei, vamos lá investigar, procurador, ou vai continuar engavetando aí? Ei, vamos lá, procurador, fazer seu trabalho? E aí procurador, vai fazer seu trabalho? Vai abrir processo lá? Vamos investigar lá?", dizem um dos brasileiros, enquanto caminha pela rua seguindo Aras.

O procurador, visivelmente incomodado com o fato, vira para trás, e o brasileiro continua: "Bolsolão do MEC, vamos investigar pastor fazendo reunião, vamos investigar lá o Bolsonaro gastando milhões em Viagra no Exército. Cadê a investigação, procurador? Cadê a investigação, procurador? Em Paris não tem nada para encontrar não, pode deixar que a gente procura, tem que procurar lá em Brasília, procurador. Tudo por uma vaguinha no STF, né, tudo por uma vaguinha", até o fim da gravação.

Desde 2019, as Forças Armadas a compra de 35.320 comprimidos do medicamento conhecido como Viagra, utilizado também para tratamento de disfunção erétil. Os números constam no Portal da Transparência e no painel de preços do Governo Federal, compilados e divulgados no último mês pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO).

Aras
Augusto Aras, procurador-geral da República, em Paris (foto: Reprodução/YouTube Portal Uai)


Já o caso do MEC, que também veio à tona em março deste ano, diz respeito à suspeita de favorecimento de pastores na liberação de verbas para prefeituras. O escândalo, denunciado pelo Estadão, apontou a existência de um gabinete paralelo no MEC comandado pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, responsáveis por intermediar diretamente com o então ministro Milton Ribeiro a destinação dos recursos.

Nessa segunda-feira (18), Victor Godoy Veiga foi efetivado como ministro da Educação em substituição a Ribeiro, que deixou o posto no fim de março por conta dessas denúncias de propina e tráfico de influência. Nos dois casos citados pelos brasileiros, ainda não investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), houve sugestão de criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Congresso Nacional para maior apuração.


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