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Estado de Minas MARIANA

Em Brasília, Zema se reúne com Pacheco e Casagrande por 'acordo de Mariana'

Governadores de Minas e do Espírito Santo levaram ideia ao presidente do Senado Federal, que demonstrou apoio à causa


24/08/2021 13:13 - atualizado 24/08/2021 13:16

Romeu Zema, Rodrigo Pacheco e Renato Casagrande em reunião na manhã desta terça(foto: Pedro Gontijo/Senado Federal)
Romeu Zema, Rodrigo Pacheco e Renato Casagrande em reunião na manhã desta terça (foto: Pedro Gontijo/Senado Federal)
Romeu Zema (Novo) e Renato Casagrande (PSB), governadores de Minas Gerais e Espírito Santo, respectivamente, reuniram-se na manhã desta terça-feira (24/08) com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado Federal, em Brasília, no Distrito Federal, para tratar de um possível acordo a respeito da tragédia socioambiental de Mariana, cidade da Região Central mineira. Em 5 de novembro de 2015, uma barragem de rejeitos minerais da empresa Samarco rompeu e causou, além de imensurável dano ambiental - chegando ao território capixaba -, a morte de 19 pessoas.

A ideia é criar um pacto semelhante ao fechado em fevereiro deste ano a respeito de outra tragédia socioambiental envolvendo mineração: a de Brumadinho, também na Região Central de Minas. Em 25 de janeiro de 2019, uma barragem da empresa Vale se rompeu e vitimou 270 pessoas (10 seguem desaparecidas), além dos prejuízos ao meio ambiente.

O "acordo da Vale" prevê R$ 37,68 bilhões para reparação em cidades de todas as regiões mineiras. Nenhuma reparação neste sentido aconteceu tendo em vista à tragédia da Samarco em Mariana.

Rodrigo Pacheco frisou que o pacto não passa pelo Senado diretamente, mas salientou o apoio à causa dos governadores. O senador também disse que os governos precisam se reunir agora com União, ministérios públicos e integrantes do Judiciário para costurar um possível acordo, tendo como inspiração o relativo a Brumadinho.

"Os estados, por meio de suas advocacias gerais, devem se sentar à mesa com representantes da União, dos ministérios públicos e do Judiciário para se chegar a um bom termo relativo à indenização. Não vamos ter a superação da perda de vidas, dos impactos na bacia ao longo do Rio Doce, porque com isso nós vamos conviver para sempre. Mas, ainda neste ano, é preciso se dar uma solução devida a isso. É preciso uma grande conciliação. Embora o Senado não participe como sujeito, é o nosso dever, como Casa democrática e de representação dos estados da federação, dar condições para que esse acordo aconteça. Podem contar comigo", afirmou Rodrigo Pacheco após o encontro. 

Tragédia em Mariana ainda não teve um acordo como o de Brumadinho, que aconteceu anos depois(foto: Christophe Simon/AFP)
Tragédia em Mariana ainda não teve um acordo como o de Brumadinho, que aconteceu anos depois (foto: Christophe Simon/AFP)
Outros integrantes dos governos de Minas e Espírito Santo estiveram no Senado para a reunião. Entre os mineiros, o secretário-geral de Estado, Mateus Simões; a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto; o advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa; e o secretário-adjunto de Planejamento e Gestão, Luís Otávio Milagres.

Pelo lado capixaba, além de Casagrande, estiveram presentes o procurador-geral do Estado, Jasson Amaral; e o secretário de Estado de governo, Gilson Daniel Batista.
 

Reunião com outros governadores

 
Após solicitação de Casagrande, Pacheco também confirmou que irá se reunir com mais governadores na próxima semana para abordar assuntos ligados à economia e à política nacional. O Brasil passa por um momento de tensão envolvendo os Poderes, em especial quanto à relação entre Executivo - por meio do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) - e Judiciário - por meio do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O governador Renato Casagrande solicitou uma agenda para que eu possa receber os governadores. Eu vou organizar esse encontro para recebê-los no Senado Federal. É esse diálogo permanente que estamos buscando no Brasil, de procurar os consensos e diminuir as divergências. Vamos buscar alinhar as pautas, e essa é uma iniciativa muito importante dos governadores de se manifestarem em defesa da democracia, do diálogo e da pacificação."


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