![Concentração de manifestantes na Praça da Liberdade (foto: Túlio Santos/ D.A.Press) Concentração de manifestantes na Praça da Liberdade (foto: Túlio Santos/ D.A.Press)](https://i.em.com.br/fZkUDdyUsDU7M8YocruiU5UDgac=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/06/19/1278480/20210619201546733429o.jpg)
![(foto: Túlio Santos/ D.A.Press) (foto: Túlio Santos/ D.A.Press)](https://i.em.com.br/tdolr_H54GgXEHaRH0oWA7Ihtik=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/06/19/1278480/20210619201552659208i.jpg)
A manifestante Rosa Alves, de 72 anos, disse que a luta é motivada, principalmente, pela falta de vacinação. "Apesar de termos medo do vírus, temos mais medo do que vai acontecer no Brasil. Então estamos aqui lutando pela vacina, pela democracia”.
Alves é integrante de um grupo de universitários que reuniu todos os e-mails que a empresa Pfizer, responsável por uma das vacinas contra a COVID-19, enviou para Bolsonaro, oferecendo a venda de vacinas. “São 81 e-mails que a Pfizer enviou para o governo e não teve resposta. Nós pegamos cada e-mail para mostrar que muita gente morreria, mas não essa quantidade, pois era para ter muito mais gente vacinada”.
![BH tem manifestação contra Bolsonaro na Praça da LiberdadeTúlio Santos/EM/D.A Press BH tem manifestação contra Bolsonaro na Praça da LiberdadeTúlio Santos/EM/D.A Press](https://i.em.com.br/lZPvgjin6w4lHV3Z23ZrzSqgpRU=/675x/smart/imgsapp.em.com.br/app/foto_127989356258/2021/06/19/7425/20210619201958347694i.jpeg)
Os estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fernando Junior, 24 anos, e Ana Beatriz Rodrigues, 22 anos, acreditam que o movimento é muito importante. “O ato é necessário, é válido, é preciso, principalmente seguindo as medidas de segurança, todo mundo de máscara PFF2, com PFF2 sendo distribuída para quem precisa e é completamente o contrário que a gente vê no ato a favor do Bolsonaro, de forma que garanta a segurança das pessoas. E é isso que a gente precisa. De gente na rua pedindo impeachment e vacina”, constatou Ana Beatriz Rodrigues.
![(foto: Túlio Santos/ D.A.Press) (foto: Túlio Santos/ D.A.Press)](https://i.em.com.br/1DeEwEoh9AMDLFcbBcG1sLbhZsM=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/06/19/1278480/20210619201600453709i.jpg)
O manifestante Geraldo Guedes, 68 anos, médico, professor da UFMG durante 35 anos e membro da associação frisou a importância do exclarecimento: “Estamos compartilhando para a população informações sobre a pandemia e a tomamos iniciativa de fazer cartilhas construtivas para a população que não tem informação e pessoas que não têm educação formal para entender a importância de combater esse vírus, a importância social de se tomar a vacina e de se usar a máscara", disse.
No dia que o Brasil atingiu a marca de 500 mil mortos pela COVID-19, manifestantes de todo o país se mobilizam para a retirada do presidente Jair Bolsonaro do poder. Ao todo, são 500.022 mortes por coronavírus no País desde o início da crise sanitária. Conforme dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa, das 20h de ontem até as 14h deste sábado, o Brasil também notificou 20.483 novos casos da doença, o que eleva o total acumulado para 17.822.659.
“Se fossemos seguir o que o presidente perpetua, a imunização por efeito rebanho, teríamos hoje em vez de 500 mil mortos, pelo menos um milhão. Poderíamos ter tido muito menos, se o governo federal tivesse contribuído para que essas informações chegassem com clareza à população. A gente sabe que a população trabalhadora depende de ônibus lotado, metrô, são mais vulneráveis, moram em condições desfavoráveis”, lamentou o médico Geraldo Guedes.
Além do grito contra Bolsonaro e pedidos por vacina, as causas antirracista, feminista e LGBT+ também são pautas do protesto. Quem não pode estar nas ruas, foi até as janelas para prestar apoio aos manifestantes.
![(foto: Vice-cacique Ânghó leva comunidade para protestar pela saída do presidente) (foto: Vice-cacique Ânghó leva comunidade para protestar pela saída do presidente)](https://i.em.com.br/zvF0wuJPd8m6TOKq_WCshDlRrXE=/332x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/06/19/1278480/20210619174629628903i.jpeg)
A vice-cacique levou sua comunidade para apoiar o movimento ‘Fora Bolsonaro’. “O Brasil é nosso e a bandeira do Brasil é nossa, ela não é do presidente Bolsonaro. Ele não nos representa, ele não representa o povo indígena, ele não representa as mulheres, que tem a maior função de salvar esse planeta, somos nós que geramos a vida. Então eu venho aqui como mulher indígena dizer: ‘Fora Bolsonaro você não nos representa”.
Maria Teresa dos Santos, 61 anos, é do Movimento Abolicionista e sua principal motivação para participar do ato foi prejuízo que está sendo causado a população carcerária. “Depois que ele assumiu o poder, os agentes carcerários encontraram respaldo para poder fazer tudo quanto é maldade que eles podem estar fazendo com os familiares. A partir do momento que começou a pandemia, as visitas foram suspensas”.
![(foto: Túlio Santos/ D.A.Press) (foto: Túlio Santos/ D.A.Press)](https://i.em.com.br/SMgFCoHXSFr4FZ6WJHUGhMYtjTQ=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/06/19/1278480/20210619201628123707i.jpg)
O Movimento Abolicionista tem recebido denúncias de vários advogados do ramo e presos que deixaram o cárcere que os presos estão sendo vítima de violência. “Agora em um ato de mais crueldade ainda, eles querem tirar a pastoral carcerária de dentro do sistema prisional. É um silenciamento, não quer que ninguém vê para ninguém contar. E a gente precisa tirar esse cara do poder. Já deu! Ele é ruim para todo mundo. Tenho orado para Deus colocar no poder uma pessoa que consiga governar o país para todas as pessoas e não apenas para os ricos porque não pode haver cadeia para meia dúzia de pessoas e a gente ter um miliciano no governo do país”.
![(foto: Túlio Santos/ D.A.Press) (foto: Túlio Santos/ D.A.Press)](https://i.em.com.br/75bgMLvEjPfFTZpSkno5RjixPEw=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2021/06/19/1278480/20210619201619817680o.jpg)
A Campanha Fora Bolsonaro, iniciativa começou há cerca de um ano e meio, é composta pela Frente Brasil Popular, a Frente Povo Sem Medo, todos os partidos de esquerda, as centrais sindicais, a Coalizão Negra por Direitos, a UNE, a UBES, a CMP, o MTST, o MST, o Fórum Nacional de ONGs e outras diversas organizações.