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Estado de Minas TERRITÓRIO YANOMAMI

Bolsonaro viaja para inaugurar ponte de 18 metros no Amazonas

O local é passagem para o território Yanomami, alvo de invasões de garimpeiros ilegais


27/05/2021 16:21 - atualizado 27/05/2021 18:41

Ponte Rodrigo Cibele, na Amazônia(foto: Redes Sociais/Reprodução)
Ponte Rodrigo Cibele, na Amazônia (foto: Redes Sociais/Reprodução)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viajou nesta quinta-feira (27/5) para inaugurar uma ponte, chamada de Rodrigo Cibele, na Amazônia. O local é passagem para o território Yanomami, alvo de invasões de garimpeiros ilegais. A ponte tem 18 metros de extensão.

As imagens das mudanças feitas pelo Exército acabaram viralizando nas redes sociais. Alguns internautas comentaram sobre a “aparência” da edificação. “Obra arquitetônica”, comentou um. 



O evento consta da agenda presidencial e a Prefeitura de São Gabriel, considerado o distrito mais indígena do Brasil, afirmou que as lideranças locais “estão tranquilas e vão receber o presidente Bolsonaro com festa”.

Em contrapartida, alguns líderes do povo Yanomami divulgaram uma carta de repúdio à visita de Bolsonaro em suas terras. 

Leia: Líder indígena é intimada pela polícia por 'difamar' governo Bolsonaro

Para eles, o objetivo do que seria a primeira ida de Bolsonaro a uma terra indígena é somente para tratar e tentar acordar “a legalização de mineração no território Yanomami”. “Essa não é a nossa ansiedade yanomami.”

Assinaram o documento caciques, tuxauas, líderes e gestores das associações: AYRCA (Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes) e AMY (Associação das Mulheres Yanonami Kumirayõma). 

Em 29 de abril, em sua live semanal de quinta-feira, Bolsonaro defendeu a mineração em reservas indígenas e alegou que esses 14% do território brasileiro têm um grande potencial. Na ocasião, ele anunciou a intenção de ir até unidades do pelotão de fronteira do Exército (PEF), para "dar uma olhada na região e oficializar alguma coisa".

Segundo a Convenção 169 da Organização Mundial do Trabalho (OIT), a comunidade deveria ser previamente consultada e deveria haver um consenso entre os líderes. Essa também é uma tradição dos indígenas.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  


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