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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: Bolsonaro pedirá uso emergencial para spray nasal de Israel

Spray é chamado de 'milagroso' pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mas ainda não teve a eficácia comprovada cientificamente


15/02/2021 14:02 - atualizado 15/02/2021 14:47

Bolsonaro, defensor da cloroquina, diz que pedirá aprovação do uso do spray à Anvisa, mesmo sem comprovação científica ainda da eficácia(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Bolsonaro, defensor da cloroquina, diz que pedirá aprovação do uso do spray à Anvisa, mesmo sem comprovação científica ainda da eficácia (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira(15) que seu governo pedirá autorização para o uso emergencial de um spray nasal contra a COVID-19 desenvolvido por Israel e descrito pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um tratamento "milagroso".

"EXO-CD24 é um spray nasal desenvolvido pelo Centro Médico Ichilov de Israel, com uma eficácia próxima de 100% em casos graves, contra a Covid", tuitou Bolsonaro, dois dias depois de falar por telefone com Netanyahu, que chama o presidente brasileiro de "bom amigo".

"Brevemente será enviado à Anvisa o pedido de análise para uso emergencial do medicamento", acrescentou Bolsonaro.

O Centro Médico Ichilov anunciou há duas semanas que um de seus pesquisadores realizou um teste de Fase 1, a primeira de três fases de ensaios clínicos, com um spray nasal que desenvolveu contra os sintomas respiratórios relacionados à COVID-19.

O pesquisador, Nadir Arber, informou que administrou o spray em 30 pacientes, de moderados a graves, e que 29 de 30 receberam alta hospitalar entre três e cinco dias depois.

O paciente restante também acabou se recuperando, apesar de ter demorado mais.

Ainda sem comprovação científica


O centro médico, no entanto, não informou se administrou placebo em um grupo de controle e ainda não publicou suas descobertas em uma revista científica revisada por seus pares.

Mas isso não impediu que Netanyahu descrevesse o EXO-CD24 como um remédio "milagroso" na semana passada.

Bolsonaro, que costuma minimizar a pandemia no segundo país com mais mortos (239 mil) e critica as medidas de quarentena devido os seus efeitos econômicos, promoveu o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina, tratamentos questionados pelos especialistas.


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