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Estado de Minas Entrevista/JUNYNHO MARTINS

Neves pretende atrair empresas para deixar de ser cidade dormitório

Prefeito releito do municípo da Grande BH investe em plano de desenvolvimento


09/01/2021 06:00 - atualizado 09/01/2021 07:18

''Todas as escolas passaram por grandes reformas e a meta é inaugurar outras''(foto: ADAM HENRIQUE)
''Todas as escolas passaram por grandes reformas e a meta é inaugurar outras'' (foto: ADAM HENRIQUE)

Moacir Martins da Costa Júnior, o Junynho Martins (DEM), diz que foi reeleito em Ribeirão das Neves, com cerca de 340 mil habitatnes, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a “casa arrumada”. Segundo ele, o desafio agora é pôr o município na rota do desenvolvimento e acabar com a pecha de cidade-dormitório, atraindo empresas e gerando novas frentes de trabalho. Junynho Martins é graduado em história, professor da rede pública, pós-graduado em gestão pública e MBA em gestão estratégica de negócios. Em 2008, elegeu-se vereador em Ribeirão das Neves e já no primeiro mandato ocupou a vice-presidência da Câmara. Quatro anos depois, foi candidato a vice-prefeito de Glaucia Brandão, mas perdeu. Em 2016, como cabeça de chapa, foi eleito para o comando do Executivo municipal.
A que o senhor atribui sua vitória?
Colocamos a cidade em ordem e as pessoas reconheceram. Pegamos a prefeitura largada, com R$ 300 milhões de dívidas, era lixo e buraco para todo lado, três folhas de pagamento em aberto. E, desde o nosso primeiro mês de governo, pagamos os funcionários em dia, asfaltamos 200 ruas, as escolas foram reformadas. Então, teve muita entrega. A cidade foi castigada por muitos anos, conseguimos dar essa cara nova e as pessoas reconheceram.

Um dos grandes problemas de Neves é o abastecimento de água. Como melhorar o serviço?
Estive pessoalmente na Copasa para saber qual o motivo de tanta falta de água. Em alguns bairros, eles justificaram que tem muito “gato” [ligação clandestina]. Já na região do Veneza, alegaram que o declive é maior. Mas não justifica o justo pagar pelo pecador. Ficaram de tentar resolver. Esse problema parece que é em todo o estado. A Copasa não está dando conta e estamos na cola, notificando, ligando.

Algumas prefeituras tiraram a concessão e outras até assumiram o abastecimento de água. Existe essa possibilidade em Neves?
Sim. Falei que se não dessem conta, eu vou tentar com o governador mais uma vez. E se eles não dessem conta, iria à Justiça e tiraria a concessão de água deles.

Em Ribeirão das Neves foram criados leitos específicos para pacientes de COVID-19. O que mais está sendo feito para conter a doença?
Estruturamos o hospital com leitos de UTI. Estamos mantendo 200 fiscais de COVID-19 nas ruas para fiscalizar e orientar o comércio e a população. Temos um comitê de combate com agenda semanal. Se houver necessidade, podemos montar uma espécie de hospital de campanha na UPA de Justinópolis, como fizemos na fase mais crítica.

O que mais se pode esperar para a saúde para os próximos quatro anos?
Estamos tentando ampliar o número de postos médicos. Consegui credenciar no Ministério da Saúde sete novos postos de saúde da família. Temos 200 bairros e alguns estão sem posto médico. Vamos tentar suplementar o orçamento para que tenhamos sete novos postos de saúde.

Como está o plano de desenvolvimento do município?
Criamos a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Neves e estamos conversando com empresas. No Plano Diretor, aprovamos um terreno na Avenida Eduardo Brandão que terá 200 áreas destinadas a empresas, para trazer empreendimentos para a cidade. Já temos um polo industrial e, com essa nova área, iremos ampliá-lo. Outra área do lado do Vale do Ouro, onde o governo queria fazer habitações populares, já consegui reversão de 75 mil metros. Estamos tentando, onde tinha a Fazenda Mato Grosso, na área de segurança do estado, no Centro do município, estamos tentando com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais a reversão dessa área para o município para fazer outro polo industrial.

Há empresas interessadas em se instalar nessas áreas?
Três empresas de grande porte: o Economart, um atacadão que vai se instalar agora em dezembro e gerar 300 empregos diretos; o novo shopping que está sendo construído em Justinópolis, com 27 lojas; e a Biocare, que trabalha com respiradores hospitalares, que será instalada no Veneza e deve gerar em torno de 500 empregos diretos. Outra grande empresa é a Six, que era do Eike Batista, uma empresa de microchip e que está meio desativada. Vamos tentar reativá-la com o governo do estado, que tem uma participação nela. Do que Neves mais precisa é  emprego, para que deixe de ser cidade-dormitório.

O que os nevenses podem esperar da educação em 2021?
Reformamos todas as escolas. Temos em torno de 70 na cidade. Todas as escolas passaram por grandes reformas de estrutura física e a nossa meta é continuar avançando e inaugurar novas escolas. No primeiro mandato, fiz funcionar o que já tinha. E como estava muito sucateado, melhoramos a merenda, que os alunos nem tinham direito. Com a pandemia, os alunos estão recebendo o voucher merenda, que é a cesta básica, todos os meses. O PEC, que é o programa de ensino em casa, com aulas virtuais, veio para ficar. Então, nesse novo normal a gente deve ter aula na escola e aula virtual.


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