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Estado de Minas ENTREVISTA/FERNANDO LUIZ

Bispo em 3o. mandato como vereador de BH quer combater drogas

Fernando Luiz, que é investigado pelo Ministério Público, defende causas da família e animais


28/12/2020 04:00 - atualizado 28/12/2020 07:19

"Com respeito à esquerda e não tenho a mínima pretensão de confrontar, de bater de frente" (foto: Redes sociais/Reprodução)
A acusação de que teria participado de suposta prática de rachadinha (apropriação de salários de assessores de gabinete por parlamentares)não impediu que o bispo Fernando Luiz (PSD) se reelegesse para o terceiro mandato.

Formado em teologia, ele é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e, antes da carreira política, atuou como missionário em diversos países da América Latina.

Fernando Luiz é um dos três vereadores investigados por corrupção no procedimento aberto pelo Ministério Público de Minas Gerais em setembro de 2019.

Os outros dois parlamentares, Jair di Gregório, que estava no PP, e Catatau do Povo, que era filiado ao PHS, não foram reeleitos. Diferentemente dos outros dois, que também se candidataram pelo partido do prefeito Alexandre Kalil, Fernando Luiz conseguiu se reeleger para o terceiro mandato com votação expressiva, de 10.620 votos.

Nesta entrevista ao Estado de Minas, Fernando Luiz avalia a gestão do prefeito Alexandre Kalil, de quem é aliado, e afirma que não pretende polemizar com a esquerda.

O vereador reforça a pretensão de sustentar seu mandato na defesa da família e dos animais e no combate às drogas.

Ao ser questionado sobre as acusações de participação na prática de rachadinhas, ele preferiu não comentar.

Quais são as bandeiras no novo mandato que o senhor assumirá?
Defesa da família, combate às drogas e defesa dos animais.

O senhor  chega o terceiro mandato. A que fatores atribui a sua reeleição?
Tenho mais de 70 projetos na Câmara. Tenho sido um vereador atuante e empenhado, com atuação social da cidade. Acredito que pelo meu empenho, dedicação e presença.

O senhor foi eleito com 10.620 votos. Como o senhor avalia esse resultado?
A gente sempre trabalha para superar, mediante a pandemia e todas as dificuldades, superar e avançar. Lamentavelmente, alguns não conseguiram alcançar o patamar de votação e não foram reeleitos. Amigos nossos. A gente se emprenhou. Já vem se empenhando, exatamente contra a perda do problema causado pela pandemia. Graças a Deus, a gente conseguiu superar e dar a volta por cima.

O senhor integra a base do prefeito Alexandre Kalil na Câmara. Pode fazer uma avaliação da gestão dele?
A votação que foi dada a ele já responde. Se ele tivesse feito uma má administração, evidentemente, não teria sido reeleito e a votação ficaria lá embaixo. Kalil teve votação até maior que a primeira em 2016, isso significa que ele conseguiu agradar a maioria do povo em Belo Horizonte. Ele conseguiu superar gestores anteriores, em termos de obras e benefícios para a cidade.

Na opinião do senhor, ele fez uma boa gestão em relação ao enfrentamento à pandemia?
Creio que fez sim. Ele está seguindo a orientação de demais gestores, conseguindo pautar de tal forma que não venha causar nenhum dano. Apesar do dano que foi causado não só em Belo Horizonte, mas em nível nacional. Agora gestores, como ele, estão pautando de maneira mais minuciosa como conter a pandemia sem causar transtorno.

O senhor é bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. Qual o peso da religião na atuação como vereador?
Sou vereador da cidade de Belo Horizonte, evidentemente pelo trabalho que faço, há 38 anos. Só em Minas foram 30 mil jovens totalmente fora da criminalidade, do mal caminho das drogas e do vício, recuperados e de volta à sociedade. Por eu ser um homem atuante também na parte religiosa, isso favorece ambas as partes, a instituição e a cidade, atendendo a todos. Tem ajudado muito. Sou formado em teologia e gestão pública. Quero me empenhar mais para ser mais atuante na cidade e no trabalho social, o que eu puder fazer, como gestor público, na condição parlamentar, para ajudar, junto ao prefeito, a desenvolver a cidade. Uma pessoa só não dá conta de resolver as demandas e os problemas da cidade, mas estou me empenhando para isso. Em cada gestão fazer diferença, tentando melhorar na medida do possível.

Qual será a relação do senhor com a oposição, com a bancada de esquerda?
Sou o tipo de parlamentar que evito, o máximo possível, confrontar com a esquerda. Procuro fazer meu trabalho para agradar à cidade, a população. Se tem gente que diz que a esquerda trabalha contra, eu procuro fazer meu trabalho, independentemente da posição da esquerda. Sou base e trabalho junto ao prefeito. Vou me empenhar e trabalhar em favor da população de Belo Horizonte. Com respeito à esquerda e não tenho a mínima pretensão de confrontar, de bater de frente. Vou trabalhar para colocar em prática minha ideologia como cidadão, trabalhar pela família, em defesa dos animais e continuar a combater as drogas, que se tornaram uma epidemia.

O senhor disse ter 70 projetos. Pode nos dizer qual deles receberá prioridade no próximo mandato?
São vários projetos, todos voltados para ajudar a somar no desenvolvimento da cidade, na questão do comércio, questão das comunidades, saúde, educação e segurança. Cada projeto tem uma característica benéfica para ajudar. Nunca faço nenhum tipo de projeto em favorecimento particular. Sou vereador da cidade de Belo Horizonte e vou trabalhar por ela.


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