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Estado de Minas Entrevista/Marcela Trópia

'A palavra de ordem agora é diálogo', diz vereadora eleita de BH

Servidora pública, Marcela Trópia quer mapear dificuldades de associações comerciais e do cidadão


12/12/2020 04:00 - atualizado 12/12/2020 09:35

Marcela Trópia foi eleita com 10.741 votos(foto: Leandro Couri/EM/D. A. Press)
Marcela Trópia foi eleita com 10.741 votos (foto: Leandro Couri/EM/D. A. Press)
Sexta vereadora eleita mais bem votada de Belo Horizonte, com 10.741 votos, Marcela Trópia (Novo) promete ser mais um rosto de renovação na Câmara da capital a partir de 2021. 

Segunda mais jovem da Casa, com 26 anos, a servidora pública de carreira e com formação em administração pública projeta com bons olhos a nova composição do Legislativo.

“Acho ótima essa grande renovação. Não só de ideias, mas de perfil. Com mais mulheres, pessoas jovens. Não é aquela renovação de mais do mesmo, vejo uma mudança real”, disse, em entrevista ao Estado de Minas.

Marcela diz que pensa no mandato como algo a ser construído ao longo dos quatro anos e sem uma identificação por um ou outro projeto de lei.

“Na minha narrativa, eu prometi que não serei vereadora de projeto de lei. Vamos apresentar somente o necessário, quando necessário, de forma a propor uma racionalização, uma desburocratização, que é a função do meu mandato. Mapear as dificuldades de associações comerciais, dos cidadãos, esse que é o foco.”

A senhora tem passagens pela máquina pública, como servidora, há algum tempo. Como define sua carreira até chegar ao cargo de vereadora?
Comecei na política bem jovem, com 15 anos, no Colégio Magnum, no grêmio da escola. Aí despertou essa vontade com a experiência de ensino médio mesmo. Já gostava disso e foi só crescendo a vontade. Queria ter qualificação para qualquer cargo que fosse exercer, fosse comissionado, eletivo ou como servidora. Decidi cursar administração pública na Fundação João Pinheiro, e quando entrei nela tive um choque de realidade. Nas eleições de 2016, eu percebi que não queria votar em ninguém disponível e resolvi me candidatar, pelo PRTB, aos 22 anos. Tive cerca de três mil votos, mas vi que esse grupo tinha poder. Me qualifiquei ainda mais desde então, coordenei a campanha do deputado federal Tiago Mitraud, trabalhei com o deputado estadual Guilherme da Cunha, na Assembleia, que também me antecipou um pouco do que vou enfrentar.

''Acho ótima essa grande renovação. Não só de ideias, mas de perfil. Com mulheres, pessoas jovens. Não é aquela renovação de mais do mesmo, vejo uma mudança real. Acho que isso é a cara de BH''



O salto do Novo, de uma cadeira para três na Câmara, foi notório. A que atribui isso e qual sua história junto ao partido?
Eu ajudei a construir o Novo, a expandir um pouco mais. Percebi que precisava ter atuação por deputados, federais e estaduais, que precisavam de um bom mandato, e fico feliz que o resultado na Câmara chegou. Não é somente o resultado do bom trabalho do governador, mas sim dos deputados. Não só eles, mas há um esforço de cada um, como o Bráulio e a Fernanda. Foi uma série de fatores que conseguimos esse salto e fico muito feliz por isso, temos os mesmos valores e isso traz uma harmonia necessária para propor o melhor para a cidade.

Como será sua atuação como vereadora?
Para mim, o cargo de vereador é mais expressivo que o de deputado, pois você participa de plano diretor, coisas desse tipo, que impactam diretamente a cidade. Na minha narrativa, eu prometi que não serei vereadora de projeto de lei. Vamos apresentar somente o necessário, quando necessário, de forma a propor uma racionalização, uma desburocratização, que é a função do meu mandato. Mapear as dificuldades de associações comerciais, dos cidadãos, esse que é o foco.

A senhora foi a sexta vereadora eleita mais bem votada. Como vai encarar isso no mandato? Ficou assustada?
Assustada com a quantidade de votos não fiquei, mas um pouco surpresa, sim. É um trabalho ao longo desses anos e que agora estou colhendo. A campanha foi feita a longo prazo, fiquei superfeliz. Imaginava estar nas primeiras cadeiras do partido, mas não imaginava a quantidade de votos. A sexta mais votada, a segunda mais jovem da Casa. Vou trabalhar para honrar esses 10 mil votos. Mostra também que a população quer uma mudança.

Como a senhora vê a renovação da Câmara de BH?
Acho ótima essa grande renovação. Não só de ideias, mas de perfil. Com mulheres, pessoas jovens. Não é aquela renovação de mais do mesmo, vejo uma mudança real. Acho que isso é a cara de BH. Já conversei com alguns vereadores reeleitos, outros novatos, e a palavra de ordem agora é diálogo. Há um período triste na cidade com chuvas, tem a pandemia, e precisamos recuperar a cidade. Espero diálogo e acho que há abertura para isso.

Falando em diálogo, o seu partido muito critica a Prefeitura de BH pela falta de diálogo. Como a senhora irá se portar quanto à relação com o prefeito?
Esse posicionamento será da nossa bancada. Não posso falar em nome dos colegas, mas não vejo espaço para ser base da prefeitura. Até porque, temos uma série de críticas à gestão durante a pandemia, ao mandato em si, mas não devemos fazer aquela oposição que não agregue. Temos que dialogar com o prefeito, ter uma certa abertura para propor e fazer valer essas críticas de forma construtiva. Sei que o prefeito tem aliados excelentes no Executivo, e vamos criticar quando necessário e contribuir quando for importante para a cidade.

Eleições de 2024 e novos cargos já passam pela sua cabeça?
Temos quatro anos para mostrar trabalho. Se entregar tudo que prometi na campanha, talvez atue em outro setor, seja na própria política ou no setor público em si. Mas ainda não tenho isso em mente, vamos avaliar. Em um primeiro, momento vou focar nos quatro anos.


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