
A proposta de Molon é a curto prazo. Em entrevista ao Estadão, o deputado afirmou que a “reeleição não é direito garantido” e que, caso a PEC seja aprovada no Congresso Nacional, ela teria efeito imediato, independente de quem esteja ocupando os cargos. Para ser concretizado, o projeto tem que ter 308 votos favoráveis na Câmara e outros 49 no Senado.
“A reeleição não é direito adquirido. E, da mesma forma como quando a emenda da reeleição foi aprovada valeu imediatamente, aplicando a Fernando Henrique que estava no mandato, extinta ela se aplica imediatamente a quem quer que esteja no mandato e em todos os mandatos, presidentes, governadores e prefeitos”, disse Molon.
Citado pelo deputado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu, no começo do mês, em artigo publicado no mesmo jornal, que errou ao aprovar a reeleição e que o ideal seria um mandato de cinco anos, ao invés de quatro, como funciona hoje.
“Tinha em mente o que acontece nos Estados Unidos (onde a recondução é permitida). Visto de hoje, entretanto, imaginar que os presidentes não farão o impossível para ganhar a reeleição é ingenuidade”, afirmou FHC.
Bolsonaristas reprovam projeto
Um dos assuntos em alta no Twitter nesta quinta-feira (17) é justamente o projeto de Alessandro Molon. Apoiadores de Jair Bolsonaro estão replicando uma mensagem padrão, seguida de uma hashtag “#direitavaipraguerra”.
“Se tentarem proibir a reeleição do Bolsonaro através da PEC do Deputado Molon, eu apoio a guerra civil”, diz a mensagem.