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Estado de Minas Compromissos oficiais

Bolsonaro acelera agenda pós-COVID e quer inaugurar obras no Nordeste

Ainda na linha de um comportamento mais moderado, presidente quer entregar obras principalmente no Nordeste do país para aumentar a sua popularidade


19/07/2020 04:00 - atualizado 19/07/2020 07:33


No mês passado, Bolsonaro foi a Penaforte (CE) para inaugurar um dos trechos da obra de transposição do Rio São Francisco(foto: Alan Santos/PR)
No mês passado, Bolsonaro foi a Penaforte (CE) para inaugurar um dos trechos da obra de transposição do Rio São Francisco (foto: Alan Santos/PR)

O diagnóstico da COVID-19 tem impedido o presidente Jair Bolsonaro de sair do Palácio da Alvorada, mas o mandatário já tem desenhado um plano para quando receber alta da doença, algo que pode ocorrer nesta semana. A ideia do chefe do Executivo é intensificar compromissos oficiais fora do Distrito Federal, sobretudo para a inauguração de obras.

Ainda surfando na onda de um comportamento mais
moderado e pouco agressivo contra outras instituições, Bolsonaro quer aliar isso à entrega de resultados, principalmente para aumentar a sua popularidade.

Uma das primeiras agendas do presidente será no Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI), onde ele visitará o Museu do Homem Americano. A viagem também incluirá uma passagem por Campo Alegre de Lourdes (BA), a 66 quilômetros de São Raimundo.

No município baiano, o mandatário presenciará a inauguração de uma adutora que levará à cidade as águas do Rio São Francisco. Para concluir o pequeno “tour” nordestino, Bolsonaro deve sobrevoar de helicóptero um trecho da Ferrovia Transnordestina entre o Piauí e o Pernambuco. A viagem pode ser na quinta-feira, caso o mandatário esteja curado do novo coronavírus até lá.

A região virou um ponto estratégico para o presidente conquistar mais votos. Bolsonaro viu na ida a Penaforte (CE) em junho para inaugurar um dos trechos da obra de transposição do Rio São Francisco uma forma de ganhar pontos com a população mais pobre do Nordeste, reduto ainda dominado pelo PT.

A leitura é a mesma para as pessoas que estão ao seu redor e também para a base aliada no Congresso Nacional, sobretudo o Centrão. Não à toa, o convite para a viagem nesta semana partiu do presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI).

Em live nas redes sociais na última quinta-feira, Bolsonaro destacou a importância das viagens para uma melhor aceitação do seu governo. O presidente frisou que os seus ministros foram ordenados a concluir obras. Segundo ele, “pelo menos dois dias por semana vamos inaugurar obras”.

“Vamos voltar para o Nordeste todo. A questão de inaugurar obras não é inaugurar para aparecer. É para mostrar que está fazendo. Porque se depender da mídia local, não aparece. O Ministério do Desenvolvimento Regional tem 20 mil obras no Brasil”, explicou o presidente.

O chefe do Executivo prometeu mais visitas pelo país em agosto. No Vale do Ribeira, região do litoral sul de São Paulo onde o presidente foi criado, ele pretende ir a municípios como Pariquera-Açu, Batatal e El Dorado. Bolsonaro também quer passar em São Vicente e em Santos.

Em todas as cidades, o presidente quer vistoriar o andamento de algumas obras, como a recuperação de pontes e a conclusão de um conjunto habitacional. Além disso, o mandatário vai viajar ao Mato Grosso, onde deve visitar cidades como Sinop, Sorriso e Nova Ubiratã.

“Vamos levar esse Brasil para a frente. Temos tudo para dar certo. Temos um problema seríssimo pela frente, que é a destruição de empregos. É uma realidade. Vamos jogar pesado aí. Vamos correr atrás”, disse.

EXPECTATIVA

Para os defensores do chefe do Executivo, o fato de Bolsonaro sair mais de Brasília para criar uma agenda positiva para o Planalto pode contribuir para que o governo volte a ver a economia apresentando bons resultados, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. Alguns são mais otimistas e dizem que os indicadores positivos já estão aparecendo.

“O Brasil voltou a figurar entre os 25 países mais confiáveis para investimento estrangeiro, conforme voto dos CEOs das 500 maiores empresas do mundo.

No mês de junho, a arrecadação do Brasil foi maior até do que a do mês de junho do ano passado, mostrando que o país vai voltando à normalidade e que, se Deus quiser, nós vamos colher bons frutos ainda este ano, em que pese a pandemia”, diz o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP).

A vice-líder do governo no Congresso, deputada Bia Kicis (PSL-DF), acrescenta que “o Brasil, hoje, tem conseguido se destacar com relação ao resto do mundo, até mesmo diante da Bolsa de Valores, dando resultado altamente positivo”. Ela lembra que, “com o desemprego, as pessoas desempregadas têm sido assistidas” e que os R$ 600 do auxílio emergencial “têm movimentado a economia”.

“Nós ficamos muito felizes ao ver que, quando temos um homem da estatura do ministro Paulo Guedes, do seu conhecimento, da sua sabedoria, para dirigir a política econômica do país num momento tão complicado, num momento de tantas perdas, num momento tão difícil para todo o planeta. O Brasil, então, destaca-se na política econômica”, afirma.


SEM POLÊMICAS


Na avaliação de congressistas, para as pretensões do governo se concretizarem, será importante que Bolsonaro mantenha uma postura mais conciliadora. Há algum tempo, o presidente deixou de fazer críticas ao Congresso Nacional e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na semana passada, por exemplo, ele não teceu nenhum comentário sobre as declarações de Gilmar Mendes, que reclamou da militarização do Ministério da Saúde e destacou que a atual ocupação interina feita por um militar, o general Eduardo Pazuello, não condiz com os requisitos técnicos do cargo.

O magistrado ainda opinou que o Exército está se associando a um “genocídio” pela falta de ação da Saúde para combater a COVID-19.

“Nós percebemos com alegria que, nos últimos tempos, Bolsonaro melhorou a relação com os Poderes e com os próprios partidos. Isso é muito bom, pois é preciso somar forças para enfrentar a pandemia e recuperar a economia do Brasil. Nós temos que evitar brigas, pois elas não constroem nada. Podemos e devemos divergir, mas com briga, não vamos a lugar nenhum. Com ódio e raiva, ninguém cresce”, opina o deputado Darci de Matos (PSD-SC).

Para o parlamentar, em um ambiente mais pacificado, será possível que o Planalto avance com a agenda de reformas estruturais e com a carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

 “Eu tenho a convicção de que ele retorna dando prioridade à reforma tributária, que o governo deve mandar logo para a Câmara, e também aos processos de privatização e concessões. Será um trabalho para criar, de verdade, condições para recuperar a nossa economia, e Bolsonaro terá o apoio dos deputados. Já vimos o compromisso desse governo graças a todos os recursos disponibilizados para estados e municípios combaterem a pandemia”, comenta.


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