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Estado de Minas ALTERAÇÃO

Retirada do nome de Aureliano Chaves da termelétrica de Ibirité causa polêmica

Antônio Aureliano Chaves de Mendonça foi ex-governador de Minas Gerais, vice-presidente do Brasil e governador estadual e federal


10/07/2020 17:52 - atualizado 10/07/2020 18:29
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Termelétrica de Ibirité recebia o nome de Aureliano Chaves
Termelétrica de Ibirité recebia o nome de Aureliano Chaves (foto: Reprodução/ Internet)
Nove meses após o anúncio da retirada do nome de Antônio Aureliano Chaves de Mendonça da termelétrica de Ibirité, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a decisão da Petrobrás ainda tem causado espanto, não só entre a classe política, mas também entre familiares do ex-governador de Minas Gerais. O comunicado havia sido feito pela empresa em 9 de outubro do ano passado.

Em entrevista ao Alterosa Alerta, a irmã do ex-político, Nilbe Chaves, revelou estar surpresa com a mudança do nome da usina. “É lamentável. Para mim foi uma notícia que eu não sabia, mas me causa espanto”, disse.

A alteração também gerou comoção entre a classe política. Por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, o senador Antônio Anastasia (PSD) fez um apelo ao governo federal para que o nome de Aureliano retorne à termelétrica de Ibirité. 

“Encaminhei de imediato um ofício ao atual ministro de estado de Minas e Energia pedindo e solicitando que devolva ao Aureliano Chaves essa justa homenagem, feita a um homem público”, declarou o senador.

O prefeito de Três Pontas, Marcelo Chaves Garcia, primo de Aureliano, também se manifestou sobre a modificação no nome da usina. Ele enviou ao governo um ofício solicitando a volta do nome a unidade da Petrobras.

“A gente acha que o Aureliano merece muito mais, porque ele contribuiu muito para o processo democrático do Brasil como um todo. Ele ocupou todos os cargos importantes da política. Nós não estamos entendendo o motivo e por isso defendemos que a usina continue com o nome dele”, afirmou o prefeito de Três Pontas ao Alterosa Alerta.  

Segundo a Petrobras, a justificativa para a alteração do nome da usina foi uma exigência do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para que os nomes sejam registrados. Em nota, a empresa informou que as usinas, que antes eram batizadas com nomes de pessoas, voltaram a ter os nomes originais, que fazem referência a localização da termelétrica.

Além da usina de Aureliano Chaves, outras 10 termelétricas que faziam homenagem a pessoas tiveram os nomes modificados.
 
Confira quais são as usinas:
  • Sepé Tiarajú, em Canoas - RS; 
  • Barbosa Lima Sobrinho, em Seropédica - RJ;  
  • Euzébio Rocha, em Cubatão - SP;
  • Fernando Gasparian, em São Paulo - SP;
  • Leonel Brizola, em Duque de Caxias - RJ; 
  • Luiz Carlos Prestes, em Três Lagoas - MS;
  • Mario Lago, em Macaé - RJ;
  • Celso Furtado, em São Francisco do Conde - BA;
  • Jesus Soares Pereira, em Alto do Rodrigues - RN;
  • Rômulo Almeida, em Camaçari - BA.

Histórico

Aureliano Chaves morreu em 30 de abril de 2003, em Belo Horizonte, aos 74 anos. Diabético, ele ficou internado, desde 14 de abril daquele ano, com insuficiência cardíaca e infecção respiratória. Sua morte ocorreu em decorrência de uma falência múltipla dos órgãos. 

Natural de Três Pontas, no Sul de Minas, Aureliano foi governador do estado entre 1975 e 1978 e vice-presidente do Brasil entre 1979 e 1985. Nesse período, fez parte do governo do regime militar. Além disso, Aureliano foi deputado, estadual e federal, e ministro de Minas e Energia no governo Sarney, até 1990.
 
* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 


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