
Durante a conversa Teich se referiu também a Jair Bolsonaro, afirmando que o “presidente tem que fazer as escolhas dele e avaliar a melhor opção que tem”.
De acordo com Teich, “quanto mais tempo você fica sem um ministro definitivo é ruim. Ter um ministro definitivo ajudaria neste momento”.
De acordo com Teich, “quanto mais tempo você fica sem um ministro definitivo é ruim. Ter um ministro definitivo ajudaria neste momento”.
Teich deixou a pasta em 15 de maio, após 29 dias no cargo. Cinco dias depois, o já ministro interino Eduardo Pazuello assinou a ampliação da recomendação da cloroquina como remédio para combate ao novo coronavírus.
Ao falar sobre o assunto, Teich negou ter afirmado que a demissão foi o "dia mais triste" da vida dele e que assinar o protocolo sobre a cloroquina mancharia sua carreira.
"Minha história é minha história, e sempre conduzi de forma para que ela fosse a melhor possível. Naquele momento, a discussão estava em cima da cloroquina. O problema não era a cloroquina, podia ser qualquer remédio, mas a forma de você trabalhar a incorporação tecnológica",contou.
"Minha história é minha história, e sempre conduzi de forma para que ela fosse a melhor possível. Naquele momento, a discussão estava em cima da cloroquina. O problema não era a cloroquina, podia ser qualquer remédio, mas a forma de você trabalhar a incorporação tecnológica",contou.
Ele ainda explicou o motivo de ser contra a liberação do medicamento.
"Por que eu não era a favor da incorporação e da liberação (da cloroquina)? Porque quando faz isso, você começa a criar uma política, uma forma de conduzir o sistema. Foi a cloroquina para a COVID-19, mas se começa a ter esse tipo de comportamento para o câncer, doenças raras, não tem fim. E qual é o problema e a consequência disso? É como aloca recursos escassos que você tem no sistema de saúde. Quando coloca dinheiro em algum lugar, está tirando de outro, principalmente quando tem pouco dinheiro"
analisou Nelson Teich
Teich afirma que “divergiu” do presidente porque entendia ser melhor alocar os poucos recurso da Saúde em outras frentes. Não foi, segundo ele, a liberação da cloroquina que o fez sair do ministério e sim a forma de condução do sistema de saúde.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina
