
O ex-ministro disse que Pazuello tem experiência com as Olimpíadas e com a Venezuela e por isso tinha condições de entrar no ministério em sua gestão, nomeado como secretário executivo. "Achava que ele tinha experiência em conduzir situações difíceis. Se eu não tivesse visto nele pessoa certa naquela posição, um dos dois não ficaria, ou ele ou eu."
Teich minimizou a ida de vários militares para o ministério, ressaltando que é natural que Pazuello leve sua equipe.
Em diversos pontos da entrevista, que durou mais de 90 minutos, Teich afirmou querer evitar a polarização. Ele mencionou, por exemplo, a discussão do isolamento social e a economia. "Se tratou economia como se fosse dinheiro e não vida, eu trato a economia como gente, não como dinheiro."
Teich disse que Bolsonaro está preocupado "com as pessoas", mas talvez sua forma de comunicar isso, defendendo o fim do isolamento, não foi a boa. "Não vou julgar o presidente. Quem vai julgar o presidente é o futuro", disse ao falar de Bolsonaro. "O que não faltou no meu período foi compaixão."
Por pouco se saber sobre a doença e os próximos passos, a tomada de decisão é frágil, porque você tem que trabalhar com dados ainda incertos. "Se os indicadores mostrarem que não foi a melhor decisão, volto a trás. Foi a melhor decisão naquele momento."
