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Estado de Minas POLÍTICA

Bolsonaro x Moro: Celso de Mello decide nesta sexta se divulga reunião ministerial

Ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública diz que encontro mostra tentativa explícita de interferência na PF


postado em 22/05/2020 08:50 / atualizado em 22/05/2020 09:08

Reunião de 22 de abril contou com 25 autoridades; Bolsonaro e Moro sentaram próximos, com Hamilton Mourão, vice-presidente da República, entre eles(foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)
Reunião de 22 de abril contou com 25 autoridades; Bolsonaro e Moro sentaram próximos, com Hamilton Mourão, vice-presidente da República, entre eles (foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)
Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decide nesta sexta-feira se a reunião ministerial do dia 22 de abril vai ser divulgada ou se ficará em sigilo. Ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro acusa o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), de tentar interferir na Polícia Federal (PF). Alguns diálogos desse encontro comprovariam as acusações do também ex-juiz.

O ministro do STF tem até às 17h desta sexta para tornar pública a decisão. O vídeo dessa reunião compõe um inquérito autorizado por Celso de Mello, depois de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apura a acusação de Moro.

Bolsonaro, que segundo Moro tentara livrar familiares de investigação federal, comentou nessa quinta-feira a divulgação do conteúdo. O presidente pediu para que Celso de Mello, relator do inquérito que avalia se houve crime do governante, não divulgue o inteiro teor da gravação.

"Tem particularidades ali de interesse nacional", afirmou o presidente, durante transmissão ao vivo no Facebook. Segundo Bolsonaro, "tem dois pedacinhos de 15 segundos que é questão de política externa e não pode divulgar". Ele também disse que critica a inteligência da PF em dado momento, além das três Forças Armadas e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Por fim, afirmou que a conversa contém "bastante palavrão".

A Advocacia-Geral da União (AGU) transcreveu os diálogos da reunião. Bolsonaro teria reclamado da PF, dizendo que iria “interferir” e ainda que não esperaria "f..." alguém da família ou amigo dele para mudar a "segurança". Além de Moro e Bolsonaro, outras 23 autoridades estavam presentes.

A defesa de Moro pede a quebra total de sigilo, enquanto AGU e PGR falam em divulgação de trechos distintos. A possível interferência presidencial no comando da PF foi o estopim da saída de Moro do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O ex-juiz estava como chefe da pasta desde a posse de Bolsonaro, em janeiro de 2019, e renunciou em 24 de abril deste ano, menos de 48 horas depois da citada reunião.


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