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Estado de Minas CRISE ECONÔMICA

Zema: governo estuda readequação no pagamento dos servidores

Minas terá repasse do governo federal, mas valor será insuficiente para quitar salários dos servidores nos próximos meses. Governador se reuniu com lideranças do Legislativo e do Judiciário


postado em 21/05/2020 19:10 / atualizado em 21/05/2020 19:29

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Em rápido pronunciamento na noite desta quinta-feira, na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), fez um balanço das atual situação financeira do estado e mostrou preocupação com as contas públicas a partir do mês de junho. O chefe do Executivo estuda fazer uma readequação no fluxo de pagamento dos servidores até que a situação econômica possa se normalizar, o que poderá atrasar os salários de alguns setores.

"Compartilhei com os poderes a preocupação para o cenário em junho. Devemos ter uma dificuldade de pagar as contas. Não haverá receitas extraordinárias"

Romeu Zema, governador de Minas


Antes, o governador se reuniu com lideranças dos poderes Legislativo e Judiciário para discutir soluções para o Estado. Participaram do encontro o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus Filho, o procurador-geral de justiça do Estado, Antônio Sérgio Tonet, o presidente do Tribunal de Justiça de Minas, Nelson Missias, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Mauri Torres, além do vice-governador Paulo Brant.

“Compartilhei com os poderes a preocupação para o cenário em junho. Devemos ter uma dificuldade de pagar as contas. Não haverá receitas extraordinárias. Os poderes entenderam a situação do Estado e querem participar de um esforço para passarmos esse período de dificuldade”, afirmou Zema, que também se reuniu virtualmente com o presidente Jair Bolsonaro para discutir ajuda para os estados. 
Zema lamentou ainda que seu governo tenha de repassar uma quantia de R$ 7 bilhões para as prefeituras, quantia que deveria ser paga durante o mandato de Fernando Pimentel. Mas o governador mostrou-se otimista. Para ele, o diálogo entre os poderes poderá ser fundamental para solucionar o déficit de Minas no futuro: “A crise não é eterna. Os poderes estão avaliando o que pode ser feito. Não propus nenhuma redução de valor e sim uma readequação no fluxo de pagamentos até que a pandemia passe e o estado possa recuperar a arrecadação”.

Zema também fez esclarecimentos sobre a questão financeira nos meses de abril e maio, quando o Estado conseguiu pagar os servidores, ainda que com atraso. "Em abril, conseguimos pagar os duodécimos e o funcionalismo de um crédito de R$ 782 milhões do Bemge. Já em maio, só conseguimos fechar a conta devido a um recebimento que caiu na conta do estado de 1 bilhão de depósito judicial feito pela Vale. Entrou como medida compensatória e reparatória dos cofres do estado. Mesmo durante a pandemia, conseguimos passar abril e maio”.
O governador se reuniu no BDMG com lideranças do Legislativo e do Judiciário do estado(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O governador se reuniu no BDMG com lideranças do Legislativo e do Judiciário do estado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Na reunião com Bolsonaro, o governador afirma ter conseguido um repasse que poderá ajudar na quitação das dívidas, mas que será insuficiente: “Virá uma ajuda do governo federal para Minas no valor de quatro parcelas de R$ 748 milhões cada. Não tem data certa para essas parcelas. Uma chegará em junho, as demais provavelmente em julho, agosto e setembro. Mas elas não serão suficientes para cobrir o rombo nos próximos meses, sobretudo pela queda no ICMS. Em abril, a queda foi de R$ 1 bilhão. Em maio, R$ 2 bilhões”.


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