(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POLÍTICA

Valeixo: Bolsonaro disse que queria diretor na PF com 'mais afinidade'

Segundo o delegado Maurício Valeixo, o presidente teria dito a ele que não era nada pessoal. O ex-diretor da Polícia Federal ainda presta depoimento em Curitiba


postado em 11/05/2020 15:09 / atualizado em 11/05/2020 18:30

O ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo(foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADãO CONTEÚDO)
O ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo (foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADãO CONTEÚDO)
 

O delegado Maurício Valeixo, ex-chefe da Polícia Federal, afirmou, durante o depoimento prestado na manhã desta segunda, 11, na sede da corporação em Curitiba, que o presidente Jair Bolsonaro lhe disse que não tinha nada 'contra a sua pessoa', mas queria um diretor-geral com quem tivesse mais 'afinidade'. A oitiva do homem de confiança do ex-ministro Sergio Moro no inquérito sobre suposta interferência do presidente na PF teve início às 10h10 da manhã e ainda não terminou.

 

Segundo informações da Globonews, Valeixo teria dito que, em agosto do ano passado, ele disse ao então ministro da Justiça Sérgio Moro que se o superintendente do Rio fosse trocado sem uma justificativa ele também sairia.

 

Diante disso, Moro pediu que ele não fizesse isso porque não tinha certeza se conseguiria colocar outra pessoa da sua confiança no cargo, mostrando que já havia grande pressão sobre ele.

 

Em relação à sua demissão, Maurício Valeixo disse que o presidente Jair Bolsonaro ligou dizendo que ele deixaria o cargo e pedindo para colocar na exoneração que foi "a pedido". Isso sem Sergio Moro saber.

 

Valeixo também revelou que o presidente nunca pediu diretamente a ele para trocar qualquer superintendente, nem pediu relatórios de investigações ou informações sobre investigações ou inquéritos.

 

O depoimento de Valeixo foi agendado para a manhã desta segunda, após determinação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, relator da investigação que apura as acusações feitas por Moro a Bolsonaro quando anunciou sua saída do governo. O decano atendeu a pedido do procurador-geral da República Augusto Aras e determinou ainda a oitiva de outros quatro delegados, três ministros e da deputada Carla Zambelli.


Também estão previstas para esta segunda as oitivas do delegado Ricardo Saadi, ex-chefe da PF no Rio, e do diretor da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem Rodrigues. Os depoimentos estão marcados para as 15h no edifício sede da corporação em Brasília.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)