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Estado de Minas POLÍTICA

Cotado para assumir PF, Ramagem passou Réveillon com filho de Bolsonaro em 2019

Delegado Alexandre Ramagem é próximo da família do presidente da República e é o principal nome para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal após exoneração de Maurício Valeixo; a demissão culminou na queda do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro


postado em 25/04/2020 22:40 / atualizado em 25/04/2020 23:06

Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem (4º homem da esquerda para a direita) passaram o Réveillon de 2019 juntos em Brasília(foto: Reprodução/Instagram)
Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem (4º homem da esquerda para a direita) passaram o Réveillon de 2019 juntos em Brasília (foto: Reprodução/Instagram)
Principal nome entre os cotados para assumir a direção-geral da Polícia Federal, Alexandre Ramagem passou o Réveillon de 2018 para 2019 na companhia de Carlos Bolsonaro em Brasília. O filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é peça central na investigação de um esquema criminoso de disseminação de fake news e ataques a autoridades em inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).



O delegado Alexandre Ramagem Rodrigues é o atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele foi coordenador de segurança na campanha eleitoral de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e se aproximou da família do então deputado federal carioca.

Após Bolsonaro ter assumido o cargo de presidente, já no início de 2019, Ramagem foi requisitado para atuar como assessor especial da Secretaria de Governo, comandada então pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz no Palácio do Planalto. Em junho foi indicado pelo presidente para o cargo de diretor-geral da Abin e aprovado pelo plenário do Senado.

Vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro é apontado em investigação da Polícia Federal como um dos articuladores de um esquema de disseminação de notícias falsas que tinham como alvo o próprio STF e o Congresso Nacional. O caso teria culminado na demissão de Sergio Moro como Ministro da Justiça e Segurança Pública.

Isso porque, de acordo com ex-juiz, o presidente Bolsonaro pressionava e tentava interferir por uma demissão de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Antes de anunciar sua saída do governo, em coletiva de imprensa, Moro explicou que suportou as investidas e que não aceitaria interferências políticas na PF.

Neste sábado, após divulgação de detalhes da investigação pela imprensa nacional, Carlos ironizou o conteúdo de matéria da Folha de S. Paulo. Em uma sequência de posts, ele chegou a acusar a "grande mídia" de "manipulação".

"Não é necessário esquema de notícia pra falar o que penso sobre drácula, amante, botafogo, nervosinho, aproveitadores, sabotadores, ou sobre quem quer que seja! Há quem faça isso, e são aqueles que mais acusam. Sabemos quem é amiguinho dos jornalistas que direcionam ataques", escreveu.

Freixo vai à Justiça para impedir possse de Ramagem

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse, também neste sábado, que vai apresentar uma ação na Justiça para impedir que Ramagem assuma o comando da PF caso seja indicado pelo presidente. O parlamentar publicou a foto em que Carlos e Alexandre posam juntos no Réveillon para criticar a proximidade do delegado com a família Bolsonaro.



"Estou apresentado uma ação para impedir que Alexandre Ramagem assuma a chefia da Polícia Federal. Ramagem foi chefe da segurança de Bolsonaro em 2018 e é amigo dos filhos do presidente. Jair quer transformar a PF numa polícia política a serviço do clã. Não vamos deixar", escreveu Freixo em uma rede social.


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