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Estado de Minas POLÍTICA

Twitter apaga posts de Bolsonaro visitando comércio em Brasília

Duas publicações foram deletadas pela rede social, cujas regras vetam posts que neguem recomendações de autoridades de saúde


29/03/2020 21:22 - atualizado 30/03/2020 00:54

(foto: Reprodução/Twitter)
(foto: Reprodução/Twitter)

O Twitter deletou dois posts da conta do presidente Jair Bolsonaro na noite deste domingo, 29, por violação às normas da rede social.

Segundo a empresa, as publicações eram potenciamente perigosas, pois traziam informações que colocam a saúde das pessoas em risco e induzem à transmissão da COVID-19

Os tuítes foram publicados esta manhã, durante a visita de Bolsonaro a regiões do Distrito Federal, a despeito das medidas de distanciamento social recomendadas pelos órgãos de saúde.


Em um das postagens, Bolsonaro citava o uso de cloroquina para o tratamento da COVID-19 ao conversar com um vendedor ambulante em Taguatinga. "Está dando certo em tudo quanto é lugar", afirmava o chefe do executivo. No mesmo diálogo, ele endossa críticas de trabalhadores informais à quarentena. "Eu tenho conversado com o povo e eles querem trabalhar. É o que eu tenho falado desde o começo. Vamos tomar cuidado, maior de 65 (anos) fica em casa", disse na ocasião.



A hidroxicloroquina, no entanto - combinado de cloroquina e azitromicina - está em fase de testes e não tem eficácia comprovada no combate ao coronavírus. O uso sem orientação médica pode, inclusive, provocar envenenamento.

No mesmo diálogo, o presidente endossou críticas de trabalhadores informais à quarentena. "Eu tenho conversado com o povo e eles querem trabalhar. É o que eu tenho falado desde o começo. Vamos tomar cuidado, maior de 65 (anos) fica em casa", disse na ocasião. 


Num segundo vídeo apagado pelo Twitter, Bolsonaro aparece entrando em uma casa de carnes em Sobradinho, também na região metropolitana de Brasília. Ele diz que "o desemprego tem apavorado as pessoas" e afirma, sem citar qualquer fonte, que "o País só fica imune ao coronavírus depois que 60 a 70% for infectada".

Caso Dráuzio

Na última segunda (22), a rede social adotou postura semelhante e tirou do ar dois tuítes do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e um do senador Flávio Bolsonaro. As publicações recuperavam um vídeo antigo do médico Dráuzio Varella sobre o coronavírus.


Nas filmagens, datadas de janeiro, início do surto de coronavírus na China, Varella se refere à COVID-19 como uma gripe. O Twitter entendeu que os posts de Flávio e Salles disseminavam conteúdo enganoso, pois sugeriam que Dráuzio menospreza a gravidade da pandemia que, três meses após a gravação do vídeo, já matou mais de 25 mil  pessoas em todo o mundo. 

A diretriz de excluir conteúdos que negam ou distorcem orientações dos órgãos de saúde em relação ao combate e prevenção ao novo coronavírus foi adotada recentemente pela  plataforma. 

Procurado pela reportagem na noite deste domingo, o Palácio do Planalto informou que não comentará a decisão da rede social de excluir o vídeo.

Veja o comunicado oficial do Twitter sobre a intervenção na conta de Bolsonaro

"O Twitter anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19. O detalhamento da ampliação da nossa abordagem está disponível em nosso blog".


(Com Estadão Conteúdo)


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