(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Congresso propõe taxação de multimilionários para bancar 13º do Bolsa Família

Hoje os multimilionários que aplicam em fundos fechados são isentos do pagamento de Imposto de Renda durante o período de aplicação


postado em 11/02/2020 19:53

O projeto foi acolhido pelo relator da comissão mista que analisa a medida provisória que trata do assunto(foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil) )
O projeto foi acolhido pelo relator da comissão mista que analisa a medida provisória que trata do assunto (foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil) )
O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) propôs e o Congresso acatou proposta que prevê a taxação dos fundos de investimentos de multimilionários, chamados de fundos fechados, para bancar, de forma permanente, o 13º do Bolsa Família e sua extensão aos contemplados pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC).
 
O projeto foi acolhido pelo relator da comissão mista que analisa a medida provisória que trata do assunto, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Segundo Marcelo Ramos, será possível arrecadar R$ 10,7 bilhões por ano, em média. Hoje os multimilionários que aplicam em fundos fechados são isentos do pagamento de Imposto de Renda durante o período de aplicação.
 
O relatório da MP propunha, anteriormente, que a receita para essas despesas saísse da tributação sobre lucros e dividendos. Mas, diante da resistência do Congresso e do governo à ideia, Randolfe Rogrigues  apontou em seu relatório final outras duas fontes de recurso, propostas por Marcelo Ramos, integrante da comissão mista da MP.

Come-cotas

Segundo Ramos, uma das fontes seria o aumento da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrada dos bancos, já aprovado na reforma da Previdência; a outra, a cobrança do Imposto de Renda sobre aplicações dos fundos fechados, atualmente pago somente no momento do saque.
 
“O pequeno investidor, que aplica em fundos abertos, tem de pagar IR a cada seis meses, independentemente de ter retirado ou não o dinheiro. Os fundos fechados só são tributados no saque. Com a taxação dos chamados come-cotas, será possível arrecadar R$ 10,7 bilhões”, diz o deputado.
 
Ele ressalta ainda que, como o 13º do Bolsa Família deve gerar despesa de R$ 2,7 bilhões por ano e o do BPC, mais R$ 4,7 bilhões, ainda sobrariam mais de R$ 3 bilhões ao governo federal. E, claro, se fará justiça social.
Para Randolfe Rodrigue, o diálogo está aberto sobre o tema. Tanto que ele já se reuniu com técnicos do Ministério da Economia e da Casa Civil. “Não podemos ficar votando só iniciativa fiscal. A sugestão do deputado Marcelo Ramos foi incorporada ao nosso relatório e vem para ampliar o cobertor de proteção social aos mais carentes”, ressalta.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)