
O prefeito não esteve presente no início da sessão (começou por volta das 9h45), mas chegou ao local às 12h07. Às 13h22, Christiano deixou a Câmara para cumprir compromissos de agenda oficial. Ele retornou em definitivo às 15h47. O chefe do Executivo comemorou a absolvição, logo após a oficialização do resultado.
"Nossas ações são todas pautadas na legalidade, na transparência. Aqui foi apenas um jogo político de vereadores mal intencionados e em busca de um poder a qualquer preço, na velha política do 'toma lá, dá cá'. Foi um ganho à cidade, ficou de resposta e de aprendizado o que uma atitude irresponsável como essa traz de prejuízo e instabilidade a uma cidade", disse, ao Estado de Minas.
Relator da Comissão Processante, César Lara Diniz (PCdoB) deu parecer favorável pela cassação. O vereador comentou o resultado.
"Fica a sensação de dever cumprido. Fui sorteado para fazer parte da comissão, fiz o relatório com afinco, coloquei tudo que achei plausível. Nossa missão é fiscalizar, e o resultado é político. Importante destacar que o julgamento foram de três infrações, nada sobre o mandato dele. Temos que valorizar algumas situações deste governo, e estávamos julgando aqui apenas essa denúncia", disse César à reportagem.
A denúncia que poderia levar ao afastamento de Christiano foi aprovada no plenário na Câmara em 6 de agosto. O “sim” venceu por dez votos a cinco. Quem apresentou a representação contra o chefe do Executivo foi o advogado Abraão Gracco, o mesmo que pediu o impeachment da ex-prefeita Roseli Pimentel (PSB), em novembro de 2017 (ela renunciou ao cargo em maio de 2018).
Na denúncia, o advogado defende que Christiano descumpriu a Lei Orgânica ao infringir três normas: ausentar-se do país sem autorização, desrespeitar decreto de calamidade financeira e não aplicar verbas públicas destinadas à saúde.
