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Estado de Minas

Câmara de BH: Polícia não descarta assassinato de segurança da presidente

Responsáveis pela investigação divulgaram imagens que mostram José Roberto caminhando sozinho até o local em que seu corpo foi encontrado


postado em 16/08/2019 11:43 / atualizado em 16/08/2019 14:35

O delegado Rodrigo Bustamante deu detalhes da investigação, ao lado dos investigadores que atuam no caso(foto: Edésio Ferreira / EM / D.A. Press)
O delegado Rodrigo Bustamante deu detalhes da investigação, ao lado dos investigadores que atuam no caso (foto: Edésio Ferreira / EM / D.A. Press)

A Polícia Civil informou na manhã desta sexta-feira (16) que não descarta a possibilidade de  José Rogério dos Santos, segurança da presidente da Câmara Municipal de Nely Aquino, ter sido assassinado.



A corporação divulgou as últimas imagens dele com vida, que mostram o trajeto que o funcionário do Legislativo fez de casa até as proximidades do local em que foi encontrado morto, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A polícia conseguiu imagens do trajeto feito pelo segurança da Câmara Municipal de BH antes de morrer(foto: Polícia Civil / Google Earth)
A polícia conseguiu imagens do trajeto feito pelo segurança da Câmara Municipal de BH antes de morrer (foto: Polícia Civil / Google Earth)


Os registros das câmeras mostram que José Rogério caminhou sozinho, não falou o telefone e não foi seguido por ninguém na noite em que saiu de casa. De acordo com a polícia, as hipóteses consideradas são as de autoextermínio ou homicídio. Já foram ouvidas seis pessoas e mais quatro passaram por oitivas nesta sexta-feira.

O delegado Rodrigo Bustamante, chefe da 2º delegacia de Contagem, informou que foi traçado o perfil psicológico do funcionário do Legislativo, que era considerado uma pessoa séria e bom profissional. "A família relata que ele era um homem muito pacato, sereno e reto nas suas atitudes, mas que ultimamente apresentava um comportamento um pouco mais arredio", disse.

Segundo relatos de familiares ele não havia sofrido nenhuma ameaça, mas demonstrava apreensão recentemente. O perfil psicológico é importante para ajudar na definição de uma possível motivação da morte.

A informação divulgada inicialmente, de que ele estaria deprimido com o nascimento de uma filha que apressentava problemas, não foi confirmada por parentes.

Segundo o delegado Rodrigo Bustamante a causa da morte foi traumatismo crânio-encefálico em virtude de uma bala de calibre 22. A necropsia mostrou que o trajeto do projétil foi de cima para baixo. Questionado se esse detalhe indicaria uma execução, o policial afirmou que não é possível afirmar, já que, em caso de suicídio, dependeria da forma como ele segurou a arma. O corpo não tinha marcas de nenhuma outra lesão.

A arma que foi encontrada próxima ao corpo é compatível com o ferimento na testa dele e, segundo o delegado, não pertencia a José Rogério. "Ele não possui nenhum registro de arma de fogo. Ele armava e desarmava no seu local de trabalho, não tinha porte", explicou o delegado. A arma usada pelo segurança na Câmara era uma pistola semiautomática Taurus, modelo 380.

O desaparecimento de José Roberto foi comunicado na segunda-feira dia (12) e ele foi encontrado cerca de 24 horas depois. Ele foi enterrado na quarta-feira (14) no Cemitério Bosque da Esperança,  região norte de Belo Horizonte.

O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios de Ribeirão das Neves, mas as informações foram repassadas à imprensa pela unidade de Contagem.

Telefonema antes de morrer


Segundo o delegado Bustamante, a chave para solucionar o caso pode estar em um telefonema que José Rogério recebeu antes de sair de casa. Na ocasião, ele disse a familiares que estaria saindo para conversar com o pai ao telefone, mas este não confirmou a ligação.

A polícia está adotando medidas judiciais para ter acesso ao número que fez o telefonema e ao conteúdo da conversa.

Questionado sobre o motivo que o levaria a considerar a hipótese de homicídio, o delegado disse que isso ocorre porque o inquérito ainda não foi concluído. Segundo ele, faltam laudos e pessoas para ser ouvidas.

Clima tenso na Câmara


O segurança José Rogério foi encontrado morto duas semanas depois de a Câmara Municipal de BH viver um dos seus momentos mais tensos, com registro de ameaças aos vereadores Nely Aquino e Jair de Gregório – presidente e vice-presidente. Ambos receberam vídeos e áudios na véspera da votação de um processo de cassação na Casa.

No dia em que o ex-vereador Cláudio Duarte (PSL) perdeu o mandato com os votos dos colegas, Nely informou que iria reforçar sua segurança, diante de vídeos que mostravam que alguém acompanhava a rotina do seu filho.


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