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Estado de Minas

Processo para expulsar Aécio do PSDB começa a tramitar em 10 dias

Conselho de Ética do partido vai analisar pedido de expulsão apresentado pelo diretório paulista do PSDB. Aécio Neves diz que confronto interno 'não interessa ao Brasil' e todos 'serão julgados no final'


postado em 09/08/2019 15:07 / atualizado em 09/08/2019 15:32

Bruno Araújo participou de evento em Belo Horizonte ao lado de Aécio Neves e garantiu que Conselho de Ética terá autonomia para avaliar pedido de expulsão do colega de partido(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Bruno Araújo participou de evento em Belo Horizonte ao lado de Aécio Neves e garantiu que Conselho de Ética terá autonomia para avaliar pedido de expulsão do colega de partido (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O processo que pode culminar na expulsão do deputado federal Aécio Neves do PSDB começa a tramitar em 10 dias. A informação foi repassada nesta sexta-feira pelo também deputado e presidente nacional da legenda, Bruno Araújo (PE), durante evento da legenda em Minas.

Caberá ao Conselho de Ética da sigla analisar o pedido de expulsão apresentado por tucanos de São Paulo à Executiva Nacional. No mês passado, o prefeito da capital paulista, Bruno Covas, chegou a dizer que “ou eu ou Aécio Neves no partido”.  O grupo de ética será presidido pelo ex-vice-governador do Espírito Santo, Cesar Colnago. 

De acordo com Araújo, a representação será analisada sem qualquer interferência por parte da direçaõ do PSDB e “respeitando todas as garantias e direito de defesa e prazos”.

O presidente nacional do PSDB não quis comentar sobre as possibilidades de Aécio Neves – que já comandou a legenda no país – deixar a legenda. E evitou polemizar sobre os conflitos entre o PSDB de Minas e de São Paulo.

“Nós não somos uma seita onde não há discussão e todo mundo segue pelo mesmo caminho. Em um partido há discussões, posicionamentos e compreensões diferentes”, alegou. 

O deputado Aécio Neves participou do encontro com prefeitos e vice-prefeitos do PSDB  em Minas e minimizou o processo aberto pelo PSDB paulista. Disse que milita no partido há 30 anos e que a “agenda de confronto não interessa ao Brasil e também ao PSDB”. “Cada um escolhe a forma mais adequada de fazer política e todos nós seremos julgados no final”.

O tucano não respondeu quando questionado se ele poderia pedir desfiliação da legenda antes de terminar o julgamento do Conselho de Ética. O governador de São Paulo, João Doria, defendeu recentemente que o melhor seria uma "saída espontânea", para evitar a necessidade de expulsão. 

A defesa mais vemente do mineiro coube ao presidente estadual do PSDB, Paulo Abi-Ackel, para quem é natural a existência de divergências na política.

O deputado lembrou ainda que durante a convenção nacional do PSDB, realizada em maio, foi aprovado o Código de Ética e compliance da legenda, que prevê a expulsão de políticos que tiverem cometido infidelidade partidária ou condenado criminalmente. O texto não prevê afastamento de filiados enquanto forem apenas réus. 

“O Código de Ética estipula sanções para seus membros apenas após condenações ocorridas no âmbito da Justiça”, afirmou.

O deputado Aécio Neves virou réu na Justiça Federal de São Paulo por corrupção e obstrução à Justiça, sob a acusação de tentar atrapalhar o andamento da Operação Lava-Jato. O empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, afirma ter pago propina de R$ 2 milhões ao deputado e sua irmã, Andréa Neves, em 2017. 


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