
No dia 4 de abril, Toffoli retirou da pauta o julgamento das ações, que estava marcado para o dia 10 daquele mês. Na ocasião, os ministros poderiam mudar o entendimento atual, que permite a execução antecipada da pena - medida defendida pela força-tarefa da Operação Lava Jato no combate à corrupção.
Oficialmente, Toffoli retirou as ações da pauta depois de um pedido feito pela OAB, que é autora de uma das ações. A Toffoli, a entidade afirmou que a nova diretoria, recém-empossada, precisava se "inteirar" do processo, do qual é uma das autoras e no qual se posiciona contra a prisão após condenação em segunda instância.
Na época, Toffoli retirou da pauta outras duas ações sobre o mesmo tema - uma apresentada pelo PCdoB e outra pelo Patriota.
Apesar de ter se debruçado sobre o tema três vezes, o plenário do Supremo ainda não analisou o mérito dessas ações.
Em abril, integrantes do STF avaliaram que o momento não era o melhor para a Corte julgar o assunto, já que havia um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a condenação no caso do triplex do Guarujá pendente de análise em uma instância judicial inferior, o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O caso, no entanto, já foi agora apreciado pelo STJ, que confirmou a condenação de Lula, mas reduziu sua pena de 12 anos e 1 mês de prisão para 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão. Dessa forma, a avaliação de integrantes da Corte é a de que o risco de "fulanização" do assunto fica menor agora.
Toffoli já definiu a pauta da Corte até o mês de agosto e deve liberar nos próximos dias a pauta referente aos meses de setembro e outubro.
