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Estado de Minas

PSDB sobe tom de críticas e promete independência do governo Zema

Em convenção estadual na manhã deste sábado, tucanos defenderam uma postura mais distante do Partido Novo. Desembarque oficial será discutido internamente pela nova direção da legenda.


postado em 04/05/2019 14:38 / atualizado em 04/05/2019 15:48

(foto: PSDB/Divulgação)
(foto: PSDB/Divulgação)
Sem a presença de integrantes do PSDB que participam do governo estadual, os tucanos defenderam neste sábado (4) uma postura independente em relação à gestão de Romeu Zema (Novo) e deixaram claro não concordar com o projeto do Partido Novo para Minas Gerais. 


“Não cabe ao PSDB ser porta-voz de um governo que não tem nosso projeto para o estado. Nosso projeto não é do ultraliberalismo”, afirmou o deputado Aécio Neves (PSDB), durante a convenção do partido, no plenário da Assembleia Legislativa.

O parlamentar afirmou que não houve discussão com a legenda sobre os planos de Zema para Minas e que, ao defender a social-democracia, os tucanos consideram o Estado fundamental para combater as desigualdades, ao contrário do “Estado mínimo defendido por esse governo”.

“Não sabemos o que esse governo pretende para a reforma do estado ou das privatizações”, reclamou Aécio.

 

O senador Antonio Anastasia afirmou que, como candidato derrotado nas eleições passadas, não pode fazer uma avaliação sobre o governo de Romeu Zema, mas que caberá ao partido avaliar sua posição em relação ao governo estadual. "Temos que ter responsabilidade com Minas e, como senador, estou trabalhando para ajudar da melhor maneira", disse. 

 

O tom das críticas ao governo Zema subiu durante o encontro e o novo presidente do PSDB em Minas, deputado Paulo Abi-Ackel, avaliou que a legenda não está “alinhada com Zema”, apesar de ter vários tucanos participando do governo estadual. Abi-Ackel foi eleito em chapa única para o comando da sigla no estado.


O líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) é o tucano Luiz Humberto e o secretário de Estado de Governo, Custódio Mattos, também é do PSDB. Os dois não participaram da convenção. 

“Os deputados estaduais estão fazendo um papel histórico no sentido de ajudar Minas. Não seremos oposição irracional. Mas, daqui para frente, vamos avaliar melhor nossa posição em relação a esse governo. Defendo um partido independente”, afirmou Abi-Ackel.

Eleito para comandar o PSDB, o parlamentar afirmou que a legenda jamais indicou nomes para compor o governo estadual, mas que entende os correligionários que tentam recuperar um estado que foi quebrado durante a administração petista. Segundo Abi-Ackel, a escolha de participar ou deixar o governo é “individual e pessoal de cada um”.

Único aliado do governo presente no encontro do PSDB, o deputado Gustavo Valadares, líder do bloco governista na Assembleia, também defendeu “uma rediscussão dos rumos do partido em Minas”.

“Nosso compromisso não é com esse ou aquele governo, mas com a população de Minas Gerais”, disse Valadares. O secretário Custódio Mattos e o líder de governo Luiz Humberto foram procurados pela reportagem, mas não atenderam as ligações.

Vice-líder do governo, o deputado Guilherme da Cunha (Novo), avaliou que as falas de Aécio Neves sobre o projeto do Partido Novo para Minas demonstram o desconhecimento por parte do deputado do plano de governo de Romeu Zema.

“Creio que Aécio está desinformado. O que queremos é um Estado eficiente, ao contrário do que temos hoje. Queremos uma educação, saúde e segurança muito melhores para atender a população”, disse o deputado do Novo.

Segundo ele, a interlocução com as lideranças do PSDB na Assembleia foram muito boas nos primeiros meses de trabalho e não houve aviso sobre um possível desembarque tucano do bloco governista.


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