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Estado de Minas

'Temos que oferecer uma saída para Maduro e seu pessoal', diz Mourão

De acordo com o presidente em exercício, Brasil tem papel importante na resolução da crise da Venezuela. Em entrevista para a GloboNews, Mourão falou dos dias em que esteve na presidência


postado em 25/01/2019 00:10 / atualizado em 25/01/2019 00:20

(foto: Valter Campanato/Agência Brasil )
(foto: Valter Campanato/Agência Brasil )
O presidente do Brasil em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta quinta-feira (24) em entrevista para a Globo News, que os países da América do Sul têm a grande missão de oferecer uma 'saída' para o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Para Mourão, a crise político-econômica no país vizinho precisa ser resolvida rapidamente. 
 
"Precisamos dar ao Maduro e seu pessoal uma chance de escapar. Deixar ele ir embora para que a Venezuela possa se redefinir", disse. Com respostas objetivas, o presidente em exercício comentou assuntos como segurança pública, economia, além de desafios e dificuldades para o governo.
 
Hamilton Mourão disse que o atual governo brasileiro 'comunga' com os valores da democracia americana, tais como, império da lei, direitos humanos, liberdade das pessoas e equilíbio dos poderes. "Mas não significa um alinhamento automático em todas as posições dos americanos. Até porque, o governo muda, o que fica é o estado", afirmou. 
 
Questionado sobre os relatórios do Coaf que apontam movimentações suspeitas que envolvem o filho do presidente Jair Bolsonaro, senador eleito Flávio Bolsonaro, Mourão reafirmou que 'a lei é para todos'. "A questão pertence somente a ele. Cabe às autoridades competentes a apuração dos fatos. O próprio Jair Bolsonaro deixou isso bem claro". 
 
Sobre qual seria a importância das Forças Armadas para o Brasil, o presidente em exercício apontou a busca por 'valores perdidos' como o principal ponto. "Bolsonaro jamais perdeu laços como a comunidade militar, é o seu refúgio seguro". 
 
Mourão citou os três assuntos que mais lhe preocuparam durante os dias que Bolsonaro esteve em Davos, na Suíça: Venezuela, comércio de frangos com a Arábia Saudita e a lentidão do site do Sisu. Além disso, elencou quatro temas que, para ele, o governo precisa dar maior atenção. 
 
"O sistema prisional do país, que vive um momento caótico, endurecer a legislação, modernizar a polícia e investir na questão social", declarou.
 
HISTÓRICO DE MOURÃO NO GOVERNO
 
O general Hamilton Mourão foi empossado vice-presidente do Brasil no dia 1° de janeiro. No dia 8, a primeira polêmica. Seu filho, Antonio Hamilton Roussel Mourão, deixou o cargo de assessor empresarial do Banco do Brasil, onde recebia um salário de R$ 12 mil, para ocupar a função diretamente ligada ao chefe da instituição, Rubem Novaes. No novo posto, Antonio vai ganhar mais de R$ 36 mil, o triplo  dos rendimentos anteriores.
 
Antonio era funcionário do Banco do Brasil há 18 anos e tomou posse no novo cargo no dia 7, mesmo dia em que Novaes assumiu a presidência da instituição. Ao ser procurada pela reportagem, a assessoria do Banco do Brasil confirmou a nomeação do do filho do general Hamilton Mourão. A ideia era que Antonio fizesse assessoria de Novaes nas questões envolvendo o agronegócio, tema no qual seria especialista, com 11 anos de experiência. 
 
Na mesma data, o vice-presidente afirmou que o filho foi promovido por ter "mérito. 
 
No dia 11 de janeiro, o general Mourão questionou a presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereadora Nely Aquino (PRTB), durante encontro no Palácio do Planalto, em Brasília, se há Metrô em Belo Horizonte.
 
No encontro, o vice falou para a presidente da Câmara que as demandas municipais precisam ser tratadas com apoio da bancada mineira no Congresso, para que sejam apresentadas emendas parlamentares em busca de recursos federais. No orçamento federal de 2019 não existe previsão orçamentária para a ampliação do metrô da capital mineira.
 
HÁBITO DE PEDALAR
 
Hamilton Mourão adotou o hábito de pedalar, o mesmo que marcou os últimos anos da ex-presidente Dilma Rousseff no poder. O vice-presidente foi flagrado no dia 13 pedalando em Brasília, na rota entre o Palácio do Jaburu, onde mora com a mulher, Paula Mourão, e o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente Jair Bolsonaro. 
 
Mourão saiu do Jaburu pela manhã com a mulher em bicicletas nacionais Caloi, do modelo Montana Hard Trail, que têm custo de cerca de R$ 600 cada, fabricadas em Manaus (AM). Fundada por um italiano em São Paulo, a empresa atualmente pertence à canadense Cannondale.
 
Na quarta-feira (23), o presidente em exercício classificou como "retórica e ilação" a possibilidade de fechar a embaixada da Palestina no Brasil. Durante a campanha eleitoral, no ano passado, o presidente Jair Bolsonaro prometeu que iria retirar a representação diplomática em Brasília porque "a Palestina não é um país."
 
Nesta quinta-feira, Mourão declarou que apenas ministros de Estado poderão classificar documentos como "ultrassecretos" para impedir a divulgação de dados sigilosos que sejam solicitados pela Lei de Acesso à Informação. O decreto assinado na véspera, no entanto, amplia o número de servidores comissionados para chefes de órgãos ligados ao ministérios com permissão para atribuir sigilo a dados. 
 
O presidente da República em exercício disse também que o apoio da Rússia ao governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não atrapalha a relação do Brasil com o país no Brics, bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.  “Dissenções sobre determinados problemas sempre haverá dentro do grupo. Não há homogeneidade nas decisões”, disse, ao sair do seu gabinete, ao final do expediente.
 
Com informações de Estadão Conteúdo 


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