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Estado de Minas PERFIL

Sergio Moro, de juiz da Lava-Jato a superministro de Bolsonaro

Símbolo da luta anticorrupção no país, Moro é juiz há 22 anos e vai ocupar, a partir de 1º de janeiro, data da posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), um superministério englobando a Justiça e o a Segurança Pública


postado em 01/11/2018 12:33 / atualizado em 01/11/2018 15:55

(foto: MAURO PIMENTEL / AFP)
(foto: MAURO PIMENTEL / AFP)

Sérgio Fernando Moro, 46 anos, é  juiz de carreira há 22 anos e ganhou notoriedade no país a partir da  Operação Lava-Jato, deflagrada em 17 de março de 2014, em Curitiba, no Paraná, onde começou uma investigação de envio ilegal de dólares para o exterior.

Com o aprofundamento da operação, Moro foi alçado a ícone da luta anticorrupção no país ao comandar na primeira instância da Justiça a força-tarefa da maior investigação de atos de corrupção da história do país, envolvendo dirigentes da maior estatal brasileira, a Petrobras, e dirigentes e autoridades de diversos partidos .

Nascido em 1972, na cidade de Ponta Grossa, no Paraná, Moro é filho do casal de professores descendente de italianos: a mãe, Odete Starke Moro, leciona português,  e o pai, Dalton Áureo Moro, é ex-professor de geografia.  O futuro superministro é casado com a advogada Rosângela Wolff de Quadros,  com quem tem dois filhos.

Currículo


Moro formou-se em Direito, em  1995, pela Universidade Estadual de Maringá , no Paraná. Fez mestrado e doutorado na Universidade Federal do Paraná.

Em 1998, fez algumas especializações fora do país. Nos Estados Unidos, cursou o programa para instrução de advogados da Harvard Law School e esteve presente nos programas de estudos sobre lavagem de dinheiro.

Antes de se tornar juiz da 13ª Vara de Curitiba, no Paraná, Moro trabalhou em um escritório de advocacia especialista em direito tributário.

Aos 24 anos, passou em concurso para juiz e seu destino foi a sede da Justiça Federal em Curitiba, onde atuou na área previdenciária. Em 2003, assumiu a vara especializada em julgar lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro.

Operações comandadas por  Moro


Além da Lava-Jato, Moro participou de outras forças-tarefa de combate à corrupção, entre elas a que investigou o caso do Banestado, que mirou  remessas ilegais de divisas, pelo sistema financeiro público brasileiro, para o exterior, na segunda metade da década de 1990.

Na Operação Farol da Colina, Moro decretou a prisão temporária de 103 pessoas envolvida em esquemas de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, sonegação e evasão de divisas.

Polêmicas envolvendo o juiz


Sérgio Moro também é alvo de críticas. Uma delas foi ter grampeado, em 2015,  as conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e  ter divulgado uma delas, na qual o petista falava com a então presidente Dilma Rousseff.

A critica era justamente por liberar um áudio da presidente em exercício, considerada atitude irregular para a Justiça.

Outra polêmica envolvendo o juiz foi em relação à autorização dada por ele para a condução coercitiva de Lula , em 2016, para depor na sede da Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A imagem de Lula algemado e guiado por policiais circulou por todo país e só reforçou a ideia de que ele era julgado por crimes de corrupção.

Moro também é alvo de petistas e aliados  sobre a condenação de Lula  no caso do triplex do Guarujá, no litoral de São Paulo. De acordo  com seus detratores, Moro teria condenado Lula sem provar que o imóvel,  ligado à OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo da Lava-Jato, pertence ao ex-presidente.

Em julho de 2017, Moro condenou Lula a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Uma condenação confirmada em segunda instância e uma sentença ampliada para 12 anos e um mês em janeiro, e que ele começou a cumprir em abril deste ano.

 


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