(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Adversários cancelam agenda de campanha em respeito a Bolsonaro

Candidatos à Presidência, Alckmin, Marina, Ciro e Boulos cancelam agenda depois do atentado e cobram punição


postado em 07/09/2018 00:39 / atualizado em 07/09/2018 00:42

(foto: Reprodução/WhatsApp)
(foto: Reprodução/WhatsApp)
Quatro dos principais candidatos ao Planalto cancelaram a agenda de campanha que fariam hoje em reação ao atentado sofrido por Jair Bolsonaro (PSL) durante ato de campanha em Juiz de Fora, na tarde de ontem. Pelo Twitter, Ciro Gomes (PDT), que tinha agenda em Natal (RN), declarou que cancelou os atos de ontem em respeito. “Desejo que ele se recupere, possa superar este momento e prontamente volte ao debate brasileiro”, escreveu. 
 
Marina Silva (REDE), repudiou o ataque e classificou o ocorrido como inadmissível. “Um duplo atentado: contra sua integridade física e contra a democracia”, disse. A candidata não tinha divulgado a agenda, mas estaria em São Paulo. Alckmin escreveu que qualquer ato de violência é deplorável e cobrou uma investigação rápida com punição “exemplar”. “Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio”, disse. Para ele, estava prevista uma visita em um projeto social e uma coletiva de imprensa. 
 
Guilherme Boulos (Psol), também suspendeu todas as atividades previstas para ontem e disse repudiar “toda e qualquer ação de ódio” e cobrou investigação sobre o ocorrido. A agenda do candidato não tinha sido divulgada. 
 
Além de cancelar a agenda, os candidatos cobraram punição ao responsável pelo atentando, Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos. Poucas horas depois de o parlamentar ser levado para o hospital, os presidenciáveis divulgaram notas em suas redes sociais condenando o uso de violência e da intolerância na política. O presidente Michel Temer (MDB) e lideranças políticas dos principais partidos políticos também condenaram o ataque e defenderam o diálogo nos embates políticos. 
 
Pelo Twitter, o candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, classificou o ataque como uma “barbárie” e cobrou das autoridades punição para o agressor. “Acabo de ser informado em Caruaru, onde estou, que o deputado Jair Bolsonaro sofreu um ferimento a faca. Repudio a violência como linguagem política, solidarizo-me com meu opositor e exijo que as autoridades identifiquem e punam o ou os responsáveis por esta barbárie”, afirmou Ciro. 
 
Um dos candidatos que mais têm confrontado Bolsonaro, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu o diálogo como melhor forma de se fazer política e desejou melhoras para o adversário. “Política se faz com diálogo e convencimento, jamais com ódio. Qualquer ato de violência é deplorável. Esperamos que a investigação sobre o ataque ao deputado Jair Bolsonaro seja rápida, e a punição, exemplar”, escreveu o tucano no Twitter. 
 
O candidato do Psol, Guilherme Boulos, ressaltou que a violência não se justifica e criticou a disseminação do ódio na política. “Soube agora do que ocorreu com Bolsonaro em Minas. A violência não se justifica, não pode tomar o lugar do debate político. Repudiamos toda e qualquer ação de ódio e cobramos investigação sobre o fato”, afirmou Boulos. 
 
Marina Silva, da Rede, lembrou o momento difícil pelo qual o país atravessa e considerou o atentado inadmissível. “Neste momento difícil que atravessa nosso país, é preciso zelar com rigor pela defesa da vida humana e pela defesa da vida democrática e institucional do nosso país. Esse atentado deve ser investigado e punido com todo rigor”, disse Marina. O candidato a vice-presidente do PT, Fernando Haddad, classificou o incidente como “lastimável” e “absurdo”. “Nós, democratas, temos que garantir o processo tranquilo e pacífico e reforçar o papel das instituições”, disse Haddad. 
 
Para João Amoêdo, do Novo, o acontecimento foi um episódio lamentável na campanha eleitoral. “Independentemente de divergências políticas, não é possível aceitar nenhum ato de violência. Que o agressor sofra as devidas punições. Meus votos de melhoras para o candidato”, disse Amoêdo. 


Temer e Dilma

 
O presidente Michel Temer avaliou como “lamentável pela democracia” a violência sofrida pelo candidato do PSL. O emedebista afirmou que o país não pode admitir gestos de intolerância política. “É lamentável para nossa democracia. Que sirva de exemplo. Se Deus quiser, o candidato Jair Bolsonaro passará bem e não ocorrerá algo mais grave”, disse Temer. 
 
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) lamentou a agressão e disse que “quando se planta ódio você colhe tempestade”. Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, a petista se disse preocupada com o clima de ódio que se disseminou pelo país nos últimos anos e afirmou que esta eleição deve ser uma oportunidade para o Brasil voltar a priorizar o diálogo.“O Brasil é um país que não gosta do ódio. Nós temos que recompor nossa capacidade de diálogo. O ódio, quando se planta, você colhe tempestade. Foi assim em qualquer lugar do mundo. Quando se radicaliza, se incentiva a perseguição. Lamento muito que essas coisas tenham acontecido”, afirmou Dilma.

* Estagiário sob supervisão de Marcílio de Moraes


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)