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Estado de Minas

Campanha de Pimentel aposta em tom nacional ao defender Lula

Durante debate na TV, Pimentel deu sinais de que estratégia para conquistar a reeleição passa pela defesa do ex-presidente Lula e críticas à política econômica do governo Temer


postado em 18/08/2018 07:00 / atualizado em 18/08/2018 13:11

(foto: Beto Novaes /EM/D.A Press.)
(foto: Beto Novaes /EM/D.A Press.)

Impedido por questões legais de batizar a chapa à reeleição de “Lula Livre”, o governador Fernando Pimentel (PT) tem dado mostras de que a campanha pelo governo de Minas Gerais terá um tom nacional, pautada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril, em razão da condenação por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá. No primeiro debate entre os candidatos a governador, realizado na noite de ontem, o petista não perdeu a oportunidade de defender a candidatura do colega de partido e criticar a gestão do presidente Michel Temer (MDB).


A assessoria da campanha do ex-governador não informou a estratégia que será adotada, mas, já no primeiro bloco do programa, a pergunta escolhida por Pimentel para o adversário Claudiney Dulim (Avante) foi sobre a candidatura de Lula, que ainda passará pelo crivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Sou defensor da candidatura do ex-presidente Lula. Acho que o ex-presidente está preso injustamente em Curitiba, fruto de uma perseguição política e judicial desvairada contra ele e contra o nosso partido. O senhor considera que o presidente Lula deve ser candidato?”, perguntou o governador.


O adversário questionou a relevância da pergunta para um debate envolvendo candidatos de Minas Gerais, mas respondeu: “A questão do presidente Lula não é neste momento uma questão que serve diretamente a este debate. Mas vou responder assim mesmo. Eu acho que o presidente Lula deve ser sim candidato se tiver o seu pedido de registro de candidatura deferido pela Justiça, se ele tiver esgotado todas as esferas judiciais e se colocar na condição de um candidato, assim como nós todos que estamos aqui”, disse Dulim.


Ao falar sobre a crise financeira vivida no estado – que decretou o estado de calamidade financeira em dezembro de 2016 –, Pimentel creditou os números negativos à gestão dos tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia e ao presidente Michel Temer. “Nós precisamos de uma parceria com o governo federal, não com esse governo que está aí, ilegítimo, patrocinado por um golpe de Estado, inclusive por um dis candidato que está aqui. Esse não, Temer não. Nós precisamos eleger um governo do campo democrático popular. É por isso que sou partidário do presidente Lula”, continuou.


Fernando Pimentel reclamou ainda do pacote fiscal proposto pelo governo federal, assinado pelos governos do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, voltando a afirmar que o estado não aceitou as regras do Palácio do Planaldo porque era um texto perverso, que implicaria sacrifícios para os servidores e abrir mão de patrimônio público. Segundo ele, um segundo mandato será para “consertar o estrago” e ser parceiro do presidente Lula, para o Brasil ser “feliz de novo”.


Nas considerações finais, quando cada candidato teve dois minutos para expor suas ideias, Pimentel encerrou o discurso com a defesa de “Lula livre”. A escolha da expressão para batizar a coligação veio do próprio Pimentel, como forma de politizar a campanha da chapa que tem ainda o PT, PCdoB, PR e DC. No entanto, a partir de orientação dos advogados do partido em razão de restrições na legislação eleitoral e ação ajuizada por integrantes do PR que discordaram com o nome, o grupo foi renomeado de “Do Lado do Povo”.


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