A pré-candidata da Rede a presidente da República, Marina Silva, criticou a proposta de reajuste de 16,38% no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, os magistrados aprovaram um vencimento de R$ 39.293,32 a partir de 2019.
“O país tem 13 milhões de desocupados, quatro milhões desistiram de procurar emprego, outra parte está em subemprego. Não tem nenhuma razoabilidade um aumento de salário dessa magnitude nem para o Judiciário, nem para o Executivo, nem para o Legislativo”, afirmou a presidenciável.
Marina esteve em Belo Horizonte nesta terça-feira para participar de uma sabatina promovida pela Rede Global do Reino de Deus, grupo que reúne mais de 150 pastores de diversas igrejas evangélicas.
A imprensa não teve acesso ao discurso da presidenciável, mas segundo ela, foram discutidos temas como o desenvolvimento econômico do país e de Minas Gerais.
Sobre a polêmica envolvendo o aborto, ela disse que uma ampliação nos casos previstos lei (estupro, risco de morte para a mãe ou anencefalia) depende de um plebiscito para ouvir a população.
Questionada sobre os adversários na disputa presidencial, Marina afirmou que não escolhe adversários, mas “aliados”, e que não acredita na viabilização da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que a Lei da Ficha Limpa proíbe que condenados em órgãos colegiados disputem as eleições.
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.