O tucano, no entanto, ressaltou que essa discussão está sendo alimentada dentro do partido por parlamentares que não querem defender reformas implementadas pelo Palácio do Planalto, especialmente a reforma da previdência. Aécio afirmou que no início do governo Temer defendeu que o PSDB não participasse do governo, mas que a decisão de assumir ministério foi tomada pela maioria da legenda.
“A minha posição era de apoiar as reformas, mas sem participar do governo naquela época. O partido entendeu diferente. Agora, não posso aceitar essa pecha de que a presença do PSDB é fisiológica como se tem dito por aí. Ela não é. Vejo nessa discussão, de alguns que estão com a garganta pronta para gritar Fora Temer, uma desculpa para não se votar a agenda de reformas necessárias para o país”, disse o senador.
Convenção estadual
Durante o encontro, o senador tucano garantiu que estará nas urnas em 2018. Questionado sobre qual cargo ele deve disputar em 2018, uma vez que encerra seu mandato como senador, Aécio afirmou que disputar uma vaga na Câmara dos Deputados está “fora de cogitação”.
O deputado Domingo Sávio foi reeleito para a presidência do PSDB estadual nos próximos dois anos e seu vice, o deputado Paulo Abi-Ackel, também foi reeleito. No evento, os tucanos criticaram muito o governador Fernando Pimentel (PT) e defenderam uma união do PSDB para retomar o Palácio da Liberdade em 2018.
Abi-Ackel afirmou em discurso que Aécio Neves seria o nome ideal do partido para a disputa de governador no ano que vem, mas depois voltou atrás e avaliou que a legenda tem outros bons nomes.
Aécio fez um discurso inflamado atacando a gestão petista em Minas e encerrou dizendo que vai percorrer Minas Gerais para defender as realizações de seu governo.