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Estado de Minas

Seis nomes disputam comando da AMM, entidade que reúne quase 600 prefeituras

Por trás dos candidatos, pesos-pesados da política já miram a eleição do ano que vem


postado em 28/02/2017 06:00 / atualizado em 28/02/2017 08:26

'O que nos interessa no final é que o processo permita a eleição de uma nova diretoria legítima. O próximo presidente terá como desafio a luta contra a constante queda de receitas' - Antônio Andrada (PSDB), presidente da AMM (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )
'O que nos interessa no final é que o processo permita a eleição de uma nova diretoria legítima. O próximo presidente terá como desafio a luta contra a constante queda de receitas' - Antônio Andrada (PSDB), presidente da AMM (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press )
Comandar a entidade que reúne quase 600 dos 853 municípios mineiros em ano de eleição, tendo o status de porta-voz dos prefeitos, pode dar uma boa vantagem aos candidatos à sucessão ao governo de Minas Gerais. Por isso, ainda que nos bastidores, as principais forças políticas do estado já se movimentam para a escolha do novo presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), que será no fim de março. Até agora, seis candidatos já se colocaram para ocupar o posto, que hoje está com o ex-prefeito de Barbacena Antônio Andrada (PSB).


A guerra declarada entre o governador Fernando Pimentel (PT) e seu vice, Antônio Andrade (PMDB), se reflete na articulação das candidaturas. O grupo do vice-governador tem o prefeito de Moema, Julvan Lacerda (PMDB), como candidato, apoiado pelo ex-presidente da AMM e ex-prefeito de Pará de Minas Antônio Júlio, que coordena a campanha. Já o PMDB do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, aliado de primeira hora de Pimentel, colocou o prefeito de Sabará,  Wander Borges (PSB), que deixou o cargo de deputado para migrar para o Executivo. O PT tem como candidato Daniel Sucupira, de Teófilo Otoni.

O PSDB, que luta para voltar ao Palácio Tiradentes em 2018, disputa inicialmente em três frentes. São candidatos tucanos os prefeitos de Ritápolis, Higino Souza; de Congonhas, José de Freitas Cordeiro; e de Coronel Fabriciano, Marcos Vinícius. Há, porém, uma possibilidade de aproximação com Wander Borges, que já foi secretário dos governos dos agora senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia.

Segundo calendário divulgado pela AMM, a eleição será em 30 de março. O presidente Antônio Andrada já recebeu os candidatos para uma conversa. A eleição passada, vencida pelo peemedebista Antônio Júlio, que deixou o cargo para concorrer à reeleição em Pará de Minas e acabou perdendo, foi uma das mais disputadas da associação, com 420 prefeitos votando e uma diferença de 20 votos no resultado. “O que nos interessa no final é que o processo permita a eleição de uma nova diretoria legítima, que possa apresentar com muita força os anseios dos municípios neste momento de crise. O próximo presidente terá como desafio a luta contra a constante queda de receitas”, avalia Andrada.

Os candidatos à sucessão também apontam a crise econômica como principal ponto de partida para elencar as pautas de mobilização e falam em revisão do pacto federativo. Os prefeitos já iniciaram as conversas e acreditam que o número de candidaturas pode diminuir até as vésperas da eleição. O trabalho é para agregar o maior número de eleitores possível em torno de um nome. Apesar das afinidades políticas, todos se colocam como independentes.

O prefeito de Moema, Julvan Lacerda negou ser candidato de algum lado. “Meu apoio é do PMDB em sua grande maioria, inclusive do vice-governador Antônio Andrade”, disse. Julvan disse que sua candidatura nasceu de um grupo de prefeitos por causa de sua atuação em defesa dos municípios no mandato passado. “Sou o candidato do municipalismo. Os municípios estão à míngua e vamos exigir o cumprimento das obrigações por parte dos governos do estado e federal. Minha candidatura é de independência”, disse. O candidato afirma que conversará com Andrade, mas também com Pimentel, e espera que alguns dos concorrentes desistam em favor dele em alguma composição futura.

CONVERSAS
O prefeito de Sabará, Wander Borges, também não aceita ser colocado como o candidato de Adalclever. Segundo ele, a candidatura surgiu a partir da conversa não só com o presidente da Assembleia, mas com grupos de deputados. “Sou um municipalista convicto e estamos colocando o nome por sugestão de deputados e prefeitos amigos, na tentativa de conseguir os votos dos pares”, disse. Borges também vai conversar com todos e diz que o desafio do próximo presidente da AMM será qualificar o gasto público e comandar pautas de apoio aos município. “Minha candidatura é de união por aquilo que os municípios precisam”, disse.

Já o prefeito Marcos Vinícus, de Coronel Fabriciano, um dos três candidatos do PSDB, disse que sua bandeira principal é o municipalismo, com os pleitos de revisão do pacto federativo e de fortalecimento das associações microrregionais. Sobre o número maior de candidaturas tucanas, ele afirma que o partido tem muitos nomes de qualidade e pessoas que se destacam em cada região. Ele não descarta a convergência em torno de um nome. “Claro que estamos conversando”, diz. O prefeito nega ser uma candidatura de oposição ao governador Fernando Pimentel. “A AMM não tem nada a ver com o Palácio ou com Brasília, é sem bandeira partidária”, garante.

 


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