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Estado de Minas

Temer fala em voto facultativo

Presidente diz que abstenções e nulidade altas favorecem discussão sobre a obrigatoriedade


postado em 06/11/2016 06:00 / atualizado em 06/11/2016 08:13

(foto: Beto Barata/PR/Divulgacao )
(foto: Beto Barata/PR/Divulgacao )

Brasília - O presidente Michel Temer disse que a elevada proporção de votos brancos, nulos e abstenções nas eleições municipais no país deve abrir a discussão, dentro da reforma política, sobre a obrigatoriedade de votar. Ele afirmou, porém, que a eventual adoção do voto facultativo tem de ser acompanhada de esclarecimentos sobre a importância de eleger representantes. As declarações foram dadas em entrevista na Rede TV. “Talvez fosse o caso de começar a examinar a hipótese do voto facultativo. Evidentemente que isso tem de ser acompanhado com a pregação da cidadania”, afirmou Temer, para quem o voto funciona como uma “procuração” dada pelo cidadão a quem o representará. “Acho que há naturalmente um mal-estar com a classe política. E muitas vezes a crítica vem pelo silêncio, pela abstenção, pelo voto nulo”, avaliou.


Temer defendeu que é “preciso refazer os costumes políticos”, mas jogou para o Legislativo a tarefa de avançar no tema por meio da aprovação da reforma política. Segundo ele, o “Executivo quer que isso aconteça”, referindo-se à reforma política, “mas tem que ser pelo Congresso Nacional”. O presidente disse que o governo não deixará de executar as políticas sociais, citando o reajuste e a manutenção do Bolsa-Família, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Cartão Reforma, a ser lançado pela União para que famílias carentes possam reformar a moradia com empréstimos subsidiados e a fundo perdido.

Temer voltou a negar que a PEC que congela os gastos do governo por 20 anos afetará os mais pobres. Ele explicou que o teto é geral, mas haverá flexibilidade para tirar recursos de uma área e colocar em outra.  “Seria me chamar, me permita a expressão forte, de idiota”, afirmou Temer, sobre os boatos de que o governo iria cortar o Bolsa-Família.

Parlamentarismo 


O peemedebista, que sucedeu à ex-presidente Dilma Rousseff após o impeachment, defendeu o parlamentarismo como opção para o Brasil, dizendo que tal sistema político cria soluções práticas para trocas necessárias de governo. O presidente disse que o parlamentarismo “seria útil para o país” e que poderia ser discutido no âmbito da reforma já para 2018. “É possível (entrar em discussão). Há muitos agentes políticos que são parlamentaristas, você pode discutir na reforma política para 2018 ou para 2022”, afirmou. “No Parlamentarismo, se acontecer um desastre no governo, você muda o governo com maior tranquilidade”, completou.


Sem dar detalhes sobre a reforma da Previdência, que, segundo ele, está ainda em fase de elaboração pelos técnicos do governo, o presidente garantiu que haverá paridade de regras entre trabalhadores da iniciativa privada, do serviço público e a classe política. Ele afirmou que as mudanças no critério de idade poderão atingir quem tem menos de 50 anos e regras de transições para quem já passou dessa idade.


Temer defendeu as privatizações, concessões e outras formas de aquecer a economia e diminuir o desemprego. Garantiu, porém, que áreas como saúde, segurança e educação não estão no alvo de tais medidas. O presidente afirmou não ter “objeção” em relação à venda de terras para estrangeiros, desde que haja uma “regulação adequada”.

O presidente evitou marcar posição crítica em relação à Venezuela, afirmando que a preocupação do Brasil é sob o foco humanitário e político, para que haja tranquilidade no país. Ele lamentou o fato de o governo de Nicolás Maduro ter recusado uma doação de remédios feita pelo chanceler José Serra.


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