(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Em evento da CUT, Lula convoca militância em defesa do governo Dilma

Com camisa em punho estampada "Não vai ter golpe", ex-presidente recebeu apoio de correligionários para possível candidatura em 2018 e disse que a central ajudará Dilma


postado em 28/08/2015 19:40 / atualizado em 28/08/2015 21:56

(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi recebido com festa da militância petista no 12º Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Minas Gerais, no Chevrolet Hall, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Com uma camiseta em punho que estampava "Não vai ter golpe", Lula subiu ao palco ao lado da presidente da entidade, Beatriz Cerqueira.

Em seu discurso, Lula se dirigiu à presidente Dilma Rousseff, dizendo que a CUT pode não concordar com todas as ações do governo, mas que irá apoiar a recuperação e o crescimento econômico do país. "A Cut sabe da capacidade de recuperação desse país e vai ajudar a pensar o modelo de desenvolvimento, a cumprir as promessas de assentamentos, fazendo políticas sociais para que as pessoas mais pobres não percam nenhum benefício conquistado", disse o ex-presidente.

Lula também convocou a militância do partido e deixou em aberto sua candidatura à presidência nas próximas eleições. "Tem gente pensando o Lula está velhinho e cansado. Eu jamais vou dizer pra alguém que sou candidato, mas também jamais vou dizer que não sou", declarou.

O evento estava marcado para às 18h e Lula chegou com uma hora de atraso ao local, que estava com menos da metade da lotação. Desde às 16h30, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Minas Gerais e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), de um lado, e dos Movimentos Brasil Livre (MBL) e Patriota, do outro, dividiam o espaço na Avenida Nossa Senhora do Carmo, à espera do ex-presidente.

Na porta do Chevrolet Hall, os manifestantes contrários ao PT gritaram palavras de ordem como "Eu vim de graça", carregando um caixão, que simboliza a morte do partido, e exibindo faixas e cartazes, que pedem a investigação da presidente Dilma Rousseff e apoiam o juiz Sérgio Moro. No canteiro central da avenida, apoiadores do PT, responderam com gritos de "Olê, olê, olê, Lula, Lula".
Ver galeria . 8 Fotos Marcos Vieira/EM/DA Press
(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press )

Havia palavras de ordem e até xingamentos de ambos os lados, mas até então sem violência física, cada grupo em um lado da avenida. Por volta das 18h10, uma mulher do movimento antigoverno se aproximou dos manifestantes do outro lado e os chamou de "vagabundos". Os manifestantes pró-governo, em grande parte da CUT e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), partiram então para cima dela. O clima ficou tenso e a Polícia Militar teve que intervir, usando spray de pimenta para dispersar o tumulto entre os manifestantes.

Os ativistas contrários ao PT realizaram ainda um panelaço no local, chamando Lula de "ladrão" e "chefe da quadrilha", e invadiram a avenida atrapalhando o trânsito na Avenida Nossa Senhora do Carmo.


Agenda em Minas

Na parte da tarde, o ex-presidente se encontrou com deputados do PT, no Hotel Mercure. Ele cobrou que os integrantes da legenda construam uma narrativa para rebater críticas da oposição. Lula pediu ainda mobilização dos colegas de legenda para uma defesa fervorosa do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Mais cedo, Lula almoçou com o governador Fernando Pimentel no Palácio das Mangabeiras, residência oficial dos governadores de Minas. O ex-presidente desembarcou na manhã de hoje, no Aeroporto da Pampulha, vindo de Montes Claros, no Norte de Minas, onde participou nessa quinta-feira de encontro com movimentos sociais, entre eles MST, além de grupos de trabalhadores da região e lideranças sindicais.

Antes do ato público em Montes Claros, Lula participou ao lado de Pimentel de um encontro às portas fechadas com 40 prefeitos e lideranças petistas, na sede da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams). Conforme um dos participantes da reunião, Lula fez uma comparação entre os gestores públicos e os técnicos de futebol, “O técnico de time de futebol, se perder duas vezes, vai embora. Se na política fosse sim, todo dia teria troca de prefeito nas cidades”, teria comentado o ex-presidente.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)