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Estado de Minas

Aliado de Lacerda é escolhido para comandar Câmara de Vereadores de BH

Vereadores escolhem Wellington Magalhães para presidir a Câmara de BH pelos próximos dois anos. Eleição, que teve chapa única, foi marcada por muitas reviravoltas e articulações


postado em 13/12/2014 06:00 / atualizado em 13/12/2014 07:35

'Vou trabalhar na Casa com os 41 vereadores, com a maior transparência', Wellington Magalhães(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
'Vou trabalhar na Casa com os 41 vereadores, com a maior transparência', Wellington Magalhães (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Numa eleição cheia de reviravoltas e que evidenciou novamente a polarização entre PT e PSDB, o vereador Wellington Magalhães (PTN) conquistou o posto máximo do Legislativo da capital. Aliado do prefeito Marcio Lacerda (PSB), o parlamentar foi eleito com 25 votos para presidir a Câmara Municipal pelos próximos dois anos. Dezesseis vereadores se abstiveram do voto na disputa, que chegou a contar com três candidatos e terminou com chapa única encabeçada por Magalhães. O principal oponente, o novato Juninho Paim (PT), retirou sua candidatura minutos antes do prazo para registro das chapas. O vereador Orlei (PTdoB), do partido do atual presidente, Léo Burguês de Castro, também desistiu de concorrer.

“Vou trabalhar na Casa com os 41 vereadores, com a maior transparência”, prometeu Magalhães. Muito além da corrida pela presidência do Legislativo, a eleição na Câmara acabou antecipando a disputa pela prefeitura em 2016. A campanha, que envolveu denúncias de trocas de dinheiro e cargos na prefeitura e no governo do estado, mobilizou o Executivo e contou com participação ativa do prefeito, em defesa de Magalhães, candidato dos tucanos, e do governador eleito Fernando Pimentel (PT), afeito à candidatura de Paim.

Na noite de quinta-feira, Pimentel se reuniu com alguns vereadores e Lacerda ficou até o início da madrugada com 24 parlamentares do grupo de Magalhães num hotel na Região Centro-Sul. Parte dos vereadores dormiu no hotel, numa estratégia para blindar o assédio dos adversários. Segundo o líder de governo, o vereador Preto (DEM), telefonemas eram atendidos sempre em frente a dois parlamentares, para evitar traições.

No discurso da vitória, Magalhães prometeu governar para os 41 vereadores, mas dirigiu críticas aos adversários. “Faltaram entregar a Cidade Administrativa para ter o comando desta Casa”, afirmou o presidente eleito, que exaltou os vereadores aliados. “É lealdade, não é dinheiro, não é dar cargos e secretaria que iria comprar esses vereadores, eles têm dignidade. Por isso nós ganhamos”, completou. Magalhães também criticou a retirada da chapa de Paim e assegurou que não houve acordo. “Eles tiraram a candidatura para não dar o carimbo de que Fernando Pimentel perdeu”, disse.

Já Juninho Paim afirma ter desistido de concorrer para evitar agressões. “Sabendo que ia ter 10, 12, 16 votos, preferi sair da disputa. Se entrasse, podia virar um jogo de guerra. Preferi perder em pé do que ganhar deitado”, afirmou Paim, afilhado político do deputado federal Miguel Corrêa (PT), possível nome para disputar a prefeitura em 2016. Segundo Paim, não houve interferência ativa de Pimentel no processo.

Festas e turbulências

Atual vice-presidente da Câmara Municipal, o vereador Wellington Magalhães (PTN), de 47 anos, dirigente do partido em Minas, está em seu terceiro mandato, no qual se elegeu com 8.436 votos. O parlamentar conta com histórico turbulento no Legislativo. Nas eleições de 2008, ele foi cassado, em segunda instância, por abuso de poder econômico. Na disputa de 2012, conseguiu autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se candidatar e conseguiu se reeleger.

Magalhães é conhecido por promover megaeventos regados a comida, bebida e música de graça. Este ano, ele comemorou o aniversário com festa para 1,5 mil convidados em bufê na Região Oeste. Em 2008, sob o pretexto de seu aniversário, fechou quatro quarteirões da Avenida Américo Vespúcio em showmício com a participação do cantor sertanejo Eduardo Costa.

No ano seguinte, quando Magalhães almejava cadeira na Assembleia Legislativa, o Ministério Público impediu a realização da festa, que teria a presença do cantor Leonardo. No ano passado, a festa para os eleitores foi em comemoração ao Dia das Mães e contou com show de Zezé di Camargo e Luciano. Apesar dos processos, este ano, o parlamentar, além de conquistar a Presidência da Câmara, conseguiu emplacar a candidatura da irmã Arlete Magalhães, eleita deputada estadual.

NOVA MESA DIRETORA

» Presidente: Wellington Magalhães (PTN)
» 1º Vice-presidente: Henrique Braga (PSDB)
» 2º Vice-presidente: Pablo César - Pablito (PV)
» Secretário-geral: Coronel Piccinini (PSB)
» 1º Secretário: Dr. Nilton (PROS)
» 2º Secretário: Pelé do Vôlei (PTdoB)


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