Os 41 vereadores de Belo Horizonte estão com os nervos à flor da pele. Eles vão definir hoje quem presidirá a Câmara Municipal pelos próximos dois anos. A disputa pelo posto máximo do Legislativo envolve a gestão de uma verba de R$ 219,5 milhões – a previsão orçamentária da Casa somente para o ano que vem – e a conquista de um espaço considerado fundamental para a corrida pela prefeitura em 2016. A poucas horas das eleições, articulações ainda estavam sendo feitas, com a costura de chapas.
“Tem muita articulação para fazer até amanhã (hoje). São várias possibilidades para um consenso”, diz Moreira Filho, que assume ser uma delas e apresenta propostas. “Defendo o fortalecimento do Legislativo para atender os anseios da população”, afirma. Já o vereador Orlei, em seu primeiro mandato, reconhece que, até o último momento, os nomes na disputa podem mudar. “Podemos chegar amanhã (hoje) e o candidato ser outro. Estamos conversando, o PMDB, o PCdoB”, disse Orlei, que ressaltou que, se eleito, não atuará como continuidade da gestão de Léo Burguês.
Wellington Magalhães acredita que seu principal adversário será Juninho Paim (PT), cuja candidatura estaria sendo articulada pelo PT para já entrar na disputa pela Prefeitura de BH em 2016. “Ele é assessor do Miguel (Corrêa, deputado federal do PT)”, afirma. Miguel Corrêa é um dos nomes apontados como candidato do PT a prefeito. Magalhães conta com o apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB) e promete diminuir o valor destinado a lanche na Câmara e uma reforma para ampliar gabinetes.
Em seu primeiro mandato, Juninho Paim afirma que Miguel Corrêa é como “um pai” e tem lhe dado conselhos sobre como conversar com parlamentares, mas diz que o deputado não influenciou na sua candidatura. “Vamos discutir 2016 em 2016. Fui escolhido pela bancada do PT”, reforçou Paim.