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Estado de Minas

Briga por comando da Câmara de BH envolve cargos e dinheiro para financiamento de campanha

Embates entre vereadores pela Presidência da Câmara de BH envolvem rumores de um suposto mercado de nomeações


postado em 06/12/2014 06:00 / atualizado em 06/12/2014 07:42

Com o impasse pelo comando da Mesa, nenhum projeto é votado (foto: Mila Milowski/CMBH)
Com o impasse pelo comando da Mesa, nenhum projeto é votado (foto: Mila Milowski/CMBH)

As brigas em torno da eleição da Presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte, marcada para sexta-feira, paralisam os trabalhos na Casa. Vereadores encerraram nessa sexta-feira tumultuada sessão sem votar nenhum projeto, mas com acusações para todos os lados. No centro do debate, estão rumores sobre um suposto mercado em que parlamentares estariam negociando cargos comissionados e dinheiro para financiamento de campanha em 2016 em troca de votos ao posto máximo do Legislativo Municipal.

O vereador Joel Moreira (PTC), que ainda não anunciou oficialmente sua candidatura à presidência, afirmou que adversários estão plantando informações e reivindicou em plenário a lista de todos os cargos comissionados na Câmara. “Requisito de quem são as indicações desses cargos”, afirmou o parlamentar, que dirigiu críticas a Wellington Magalhães (PTN), candidato ao comando da Casa apoiado pelo grupo ligado ao prefeito Marcio Lacerda (PSB). “Tem gente que quer cargos na prefeitura”, disse.

Magalhães, atual vice-presidente, reagiu. “Se eu ganhar, não vou fazer essa Casa de figurinha de troca para cargo nem farei qualquer acordo obscuro”, afirmou. Segundo o parlamentar, a Câmara não pode “se curvar ao deputado federal Luis Tibé (PTdoB)”. Presidente do PTdoB, partido do atual presidente da Casa, Léo Burguês, o ex-vereador Luis Tibé estaria participando ativamente das negociações em torno do candidato à presidência.

Magalhães sugeriu ainda que o futuro governador Fernando Pimentel (PT) e nomes do Pros estariam articulando a eleição no Legislativo municipal. “São as conversas que a gente escuta. Não tenho como provar”, disse, em plenário. Ele também criticou a ausência de Burguês na Câmara. Segundo o parlamentar, o presidente está no Uruguai. O vereador Juninho Paim (PT), líder da bancada petista e candidato à presidência, afirmou que a participação de Pimentel nas negociações é “bafafá”. De acordo com Paim, a preocupação do governador eleito hoje é a “herança maldita” da dívida que a atual administração deixará.

Entre tantos impasses em torno da próxima composição, Professor Wendel (PSB) entregou o cargo de líder da legenda, que tem cinco cadeiras na Câmara. Segundo ele, articulações em torno da presidência foram feitas por colegas do PSB sem a sua presença. “Ainda não estive com o prefeito e é possível até que eu lance a minha candidatura”, afirmou. Para Gilson Reis (PCdoB),a decisão de Wendel é a prova da falta de acordo entre os parlamentares. “Há uma ausência de proposta para a presidência e, com isso, a discussão acaba sendo levada para o deputado federal, o deputado estadual, o prefeito”, disse. Luis Tibé não foi encontrado para comentar o assunto.

TERRENOS

Sem votar nenhum projeto, a oposição voltou a usar o plenário para criticar proposta da prefeitura, que quer autorização para vender mais de 400 terrenos próximos à Estação Ecológica de Fechos, área de proteção ambiental no Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima. O texto foi aprovado ontem pela Comissão de Orçamento e Finanças Públicas. “Esses terrenos estão exatamente na porta de entrada da estação. É jogar fora o último patrimônio ecológico”, disse o vereador Adriano Ventura (PT).


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