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Estado de Minas

Empresas e presidente do PT negam as acusações de pagamento de propina

"O PT desmente a totalidade das ilações de que o partido teria recebido repasses financeiros originados de contratos com a Petrobras", diz a nota assinada pelo presidente da legenda, Rui Falcão


postado em 10/10/2014 00:12 / atualizado em 10/10/2014 11:16

Brasília – Empresas, partidos e pessoas citadas nos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef negaram ontem envolvimento no suposto esquema de corrupção denunciado pelos dois em depoimentos à Justiça Federal no Paraná. O PT e o tesoureiro do PT, João Vaccari, emitiram nota rechaçando participação no esquema de corrupção. As empresas Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht também divulgaram nota negando irregularidades.

“O secretário João Vaccari Neto nunca tratou sobre contribuições financeiras do partido, ou de qualquer outro assunto, com o senhor Paulo Roberto Costa”, diz um trecho da nota enviada pela Secretaria Nacional de Finanças do PT. “O PT desmente a totalidade das ilações de que o partido teria recebido repasses financeiros originados de contratos com a Petrobras”, diz a nota assinada pelo presidente da legenda, Rui Falcão. “A direção Nacional do PT estranha a repetição de vazamentos de depoimentos no Judiciário, tanto mais quando se trata de acusações sem provas”, continua o documento.

Além de Vaccari, também emitiram nota o presidente da Transpetro e ex-senador Sérgio Machado; o ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra; e o ex-ministro José Dirceu. Por meio da assessoria, Dirceu negou ter indicado Duque para a Diretoria de Serviços da Petrobras.

As empresas Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez negaram as acusações de Costa e Youssef. As empreiteiras UTC e Mendes Jr. disseram que não iriam se pronunciar sobre o assunto. Sobre os funcionários citados por Costa, a Andrade Gutierrez afirmou que o nome citado é de um “ex-funcionário”, que “trabalhou por pouco tempo na empresa e que, por atuar no setor de óleo e gás, era natural que mantivesse contatos de trabalho com funcionários da Petrobras”.

Posição similar foi adotada pela Odebrecht. “A Odebrecht mantém, há décadas, contratos de prestação de serviços com a Petrobras, todos conquistados de acordo com a lei de licitações públicas”, diz um trecho. A Camargo Corrêa, integrante do Consórcio CNCC, destacou jamais ter feito qualquer pagamento a Youssef e repudiou as acusações. “Em relação aos referidos depoimentos, o CNCC repudia as acusações sem prova contra o consórcio e seus executivos. O contrato em questão foi conquistado em licitação de menor preço”, diz a nota enviada pelo CNCC.

AMEAÇA Após ser apontado por Paulo Roberto Costa como beneficiário da propina que sangrava a Petrobras, Renato Duque que, à época, comandava a diretoria de Engenharia e Serviços da estatal, ameaçou processá-lo por acusar “falsamente e sem apresentar provas” de participação no esquema de corrupção. “Se ele falou alguma coisa no meu nome, vai ser processado. Não quero saber se ele tem tornozeleira, se é dedo duro, não importa. Ele vai ser processado e terá de responder pelo que está falando”, afirmou Renato Duque.

O ex-diretor alega ter consciência “tranquila” sobre o que “fez”, disse. No depoimento, Paulo Roberto Costa afirma ao juiz Sérgio Fernando Moro, da Justiça Federal em Curitiba, que Duque recebia quantias financeiras de fornecedores da Petrobras. Segundo Costa, as empreiteiras pagavam em torno de 3% sobre o valor dos contratos ao PT. “Dentro da área de serviços, tinha o diretor Duque, que foi indicado pelo ministro da Casa Civil , José Dirceu. Ele tinha ligação com o João Vaccari dentro desse processo do PT.”


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