O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) e o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) travam, na tarde desta quarta-feira, uma discussão com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) na primeira reunião da CPI mista dedicada a investigar obras dos metrôs de São Paulo e de Brasília. Os tucanos querem cancelar a reunião alegando que o quórum mínimo não foi atingido no tempo estabelecido pelo regimento conjunto da Câmara e do Senado.
Suplicy, presidente da comissão, alegou que a regra citada pelos tucanos só vale para sessões plenárias do Congresso, não para CPIs. Além disso, o petista afirmou que o prazo de trinta minutos não poderia ser contado a partir das 15h, mesmo que isso estivesse estabelecido no regimento, porque a sessão foi aberta depois desse horário.
A CPI mista do Metrô foi criada a pedido do PT, que pretende investigar suspeitas de corrupção e formação de cartel em governos do PSDB e do DEM em São Paulo e no Distrito Federal. Nos bastidores, políticos do PSDB também demonstraram preocupação com a CPI. Na manhã desta quarta, o líder do partido no Senado, o paulista Aloysio Nunes, candidato a vice presidente da República, acionou colegas deputados para apurar quem os governistas planejavam instalar na presidência e na relatoria da comissão.
Até a noite de ontem, os políticos governistas tinham acordo para deixar a presidência da CPI com Eduardo Suplicy e a relatoria com o deputado Renato Simões (PT-SP). O PMDB, no entanto, quer a vaga de relator e o cargo ainda não tem ocupante definido. O presidente e o relator podem ser eleitos ainda nesta quarta-feira se os integrantes da CPI entenderem que a reunião pode acontecer. O líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini (PR), declarou que vai disputar a presidência da comissão com Suplicy.
Com Agência Estado