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Estado de Minas

Anastasia dá início à reforma que reduzirá de 23 para 17 o número de secretarias

Exonerações e nomeações foram publicadas na terça-feira


postado em 01/01/2014 00:12 / atualizado em 01/01/2014 07:20

O desafio do governador Anastasia é concluir a reforma sem deixar fissuras na base aliada(foto: Eugênio Gurgel/Esp EM D A Press - 11/12/13 )
O desafio do governador Anastasia é concluir a reforma sem deixar fissuras na base aliada (foto: Eugênio Gurgel/Esp EM D A Press - 11/12/13 )

Possível candidato ao Senado nas eleições de 2014, o governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) tem pela frente a que promete ser uma de suas tarefas mais difíceis antes de entregar o cargo para o vice Alberto Pinto Coelho (PP): concluir a reforma administrativa, que prevê a extinção de secretarias, sem deixar fissuras na base aliada. Conforme promessa do governador, o estado começa o ano já com o novo organograma. Ao final das mudanças permanecerão 17 secretarias, ante 23 que existiam até o ano passado.

O primeiro confronto de Anastasia, antes mesmo da redistribuição dos cargos, é com os suplentes de deputados estaduais e federais que são secretários de Estado. “Há uma pressão hoje para que os parlamentares só deixem o governo em abril”, afirma o presidente estadual do PTB, Dilzon Melo. “O deputado, no entanto, acha difícil que Anastasia mude de ideia e freie o andamento da reforma. Mais tempo na Assembleia, significa, evidentemente, mais contracheques e manutenção de poder junto às bases por mais tempo.

Como previsto pelo parlamentar, a pressão não funcionou. Ao menos em parte. A reforma teve início ontem, com a exoneração de três deputados que haviam assumido cargos no governo. Agostinho Patrus (Turismo) volta para a Assembleia. Em seu lugar entra Tiago Lacerda, responsável pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, que ficará responsável pelas duas pastas e também pela de Esportes, que era comandada por Eros Biondini (PTB), que retorna para a Câmara dos Deputados. Agostinho é do PV. A exoneração de Biondini ocorreu no dia 27. O deputado federal Alexandre Silveira (PSD), da Secretaria de Gestão Metropolitana, volta para o cargo em Brasília. A pasta será unificada com a de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana.

O secretário de Regularização Fundiária, Wander Borges (PSB), também reassume vaga na Assembleia. A pasta será anexada à de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que passa a ser comandada por José Silva – até então na Secretaria de Trabalho – em substituição a Elmiro Nascimento, deslocado para a Vice-Presidência da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A pasta do Trabalho foi unida à de Desenvolvimento Social, de Cássio Soares (PSD), que é deputado estadual. José Silva também é parlamentar (deputado federal pelo Solidariedade) e outro parlamentar que segue no governo.

Na avaliação do presidente do PTB, as mudanças no secretariado seguem até 15 de janeiro. Anastasia deve deixar o cargo de governador em 5 de abril, seis meses antes da eleição, conforme determina a lei, mesmo mês, portanto, que o defendido pelos suplentes. Entre os deputados do PTB que viraram secretários, apenas um é do PTB, Eros Biondini, que responde pela pasta de Esportes e Juventude, que na reforma de Anastasia será fundida com as de Turismo, comandada por Agostinho Patrus (PV), e Extraordinária da Copa do Mundo, de Tiago Lacerda, filho do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda. “O que o governador fizer estará benfeito”, pontua Dilzon.

Da base governista assim como o PTB, o PDT coloca mais pressão sobre o governador. “O que queremos é indicar o secretário do Trabalho e Emprego”, afirma o deputado estadual Alencar da Silveira Júnior. A pasta hoje está com o deputado federal Zé Silva, que era do PDT e migrou para o Solidariedade. A secretaria também está entre as que serão fundidas. Nesse caso, a junção será com a de Desenvolvimento Social, do deputado estadual Cássio Soares (PSD).

A quem pergunta, o vice Alberto Pinto Coelho afirma que as alterações a serem feitas no governo partirão exclusivamente do próprio Anastasia. “Será um mandato de continuação”, repete. Interlocutores do governador acreditam que haverá a possibilidade até mesmo de que o perfil do secretariado, hoje dividido entre políticos e técnico, penda mais para esse último lado, com chances inclusive de que adjuntos assumam os postos.

A reforma administrativa do governador Anastasia foi aprovada em segundo turno pela Assembleia Legislativa há cerca de 20 dias. Segundo deputados, a tendência é que, com a aprovação das mudanças pela Casa, Anastasia passará a tratar das modificações na estrutura de governo com os aliados.


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