O deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) externou profundo pesar pela perda do político, que ressaltou ter lutado pela redemocratização do País. Carvalho lembrou que Lyra integrou o chamado grupo autêntico do PMDB e teve papel fundamental na articulação das forças democráticas que, no Parlamento, conseguiram derrotar a ditadura militar no Colégio Eleitoral, em 1985. “Depois, como ministro da Justiça [no governo de José Sarney], Fernando Lyra foi um dos grandes articuladores da transição e da superação do entulho autoritário”, disse Carvalho.
Gonzaga Patriota (PSB-PE) também destacou a luta de Lyra contra a ditadura, o que o levou a ter os seus direitos políticos cassados: “Fernando Lyra não era apenas um deputado; era um político que, durante aquele período negro da ditadura, lutou muito para que este País saísse das trevas, da escuridão.”
De acordo com Erika Kokay (PT-DF), Lyra fez parte do grupo de pessoas que ousou permitir o mergulho do Brasil numa verdadeira democracia. “Diz um poeta que existem pessoas com um quê de imortalidade. São pessoas que vão ficando pelo exemplo, pela forma como se posicionaram em vida e vão se incorporando à nossa própria história e forma de ser. Fernando Lyra é uma delas”, afirmou.
O deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB) enfatizou três características do ex-ministro: regionalista cosmopolita, pois viajava muito, mas mantinha suas raízes fincadas no Nordeste; grande democrata; e grande articulador. “Foi ele um dos principais artífices da chapa que venceu o processo eleitoral dentro do Congresso, elegendo Tancredo Neves presidente da República e José Sarney vice-presidente”, disse.