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Estado de Minas

Newton Cardoso diz que ex ficou doida

Deputado nega que tenha deixado de pagar pensão de R$ 150 mil a Maria Lúcia Cardoso e afirma que ela gastou dinheiro de campanha com bebida


postado em 05/09/2012 06:00 / atualizado em 05/09/2012 06:42

O deputado federal Newton Cardoso (PMDB) creditou a um “estado avançado de distúrbio mental” a decisão de sua ex-mulher Maria Lúcia Cardoso (PMDB) de retirar sua candidatura a prefeita de Pitangui, no Centro-Oeste de Minas Gerais. A justificativa da ex-parlamentar apresentada ao Estado de Minas foi a falta de recursos para bancar a campanha e o sustento da família – ela teve quatro filhos com o ex-marido – em razão da falta do pagamento da pensão alimentícia de cerca de R$ 150 mil mensais que assegurou em ação judicial. Versão da qual Newton Cardoso nega com veemência.

O parlamentar garantiu que tem pago a pensão em dia e mostrou à reportagem cópia dos contracheques recebidos da Câmara de maio, junho e julho, em que consta um desconto de pensão de R$ 15.996,96 mensais – 60% do salário de R$ 26.723,13 recebido por ele. O restante do benefício pago à ex-mulher, segundo ele, sai dos dividendos de suas empresas. Maria Lúcia, no entanto, alega que o ex-marido ainda tem uma dívida de R$ 1,5 milhão em atrasados. “Ela está doida”, rebateu o deputado.

“Ela está pedindo mais R$ 500 mil por mês e isso eu já falei que não vou pagar, pois eu não tenho. Estão até rindo de mim na Câmara por causa disso”, reclamou. Depois de mais de 20 anos de união, o casal resolveu se separar em 2009, e desde então brigam na Justiça pela divisão dos bens – avaliados em cerca de R$ 2,5 bilhões – e pelo pagamento da pensão. Ambos negam, mas especula-se que o lançamento da candidatura de Maria Lúcia em Pitangui teria sido um acordo para que ele mantivesse seu poder político na região. Em troca, ela teria um reajuste na pensão.

Embora negue qualquer participação na eleição municipal,  Newton Cardoso disse em “respeito aos filhos” que cedeu à então candidata seu helicóptero, estrutura da Fazenda Rio Rancho – localizada em Pitangui – e fez uma doação de R$ 20 mil para custear parte dos gastos com material gráfico. “Ofereci tudo, mas ela mais bebia que fazia campanha”, afirmou. Newton argumentou ainda que Maria Lúcia contraiu algumas dívidas com candidatos a vereador e que ele não vai quitá-las. Até porque ela declarou à Justiça Eleitoral que tem um patrimônio de R$ 9.222.218,28.


Em entrevista ao Estado de Minas, Newton rebateu ainda declarações de Maria Lúcia de que o dinheiro da pensão alimentícia seria usado para sustentar seus filhos. O deputado federal apresentou à reportagem cópia de documentos registrados em cartório de dois de seus filhos – Átala e Ticiano – em que declaram que têm as suas despesas custeadas exclusivamente pelo pai. O filho mais velho, Newton Júnior, é casado, e a quarta filha, Débora, trabalha e mora em São Paulo.


Farinha


Para o parlamentar, a ex-mulher está “depressiva” e teria forjado uma tentativa de suicídio. Acionado pelos filhos, ele teria ido à casa dela e a encontrou deitada no chão com um vidro de remédios caído no chão. No entanto, segundo ele, ela estava era bêbada e os comprimidos eram de farinha. “Ela estava era desmaiada por causa de muita bebida”. Em outro episódio ela teria forçado a entrada na casa dele com o carro, destruindo o portão de entrada.

“Ela estava tão doida que me tranquei no quarto com medo”, contou. Sobre o episódio, ele disse que não registrou queixa na polícia para não expor sua família. Em abril deste ano, o deputado registrou em cartório uma queixa com a reprodução de mensagens de celular em que foi alvo de agressões verbais da ex-mulher.

 

Substituto
Com a desistência da ex-deputada federal Maria Lúcia Cardoso, a coligação Começa um Novo Tempo, liderada pelo PMDB, tem 10 dias para indicar um novo candidato a prefeito em Pitangui. O problema é que há um racha entre os partidos da aliança. Isso porque, em uma reunião no final da última semana, o PMDB abriu mão da preferência na escolha do substituto e ainda destituiu dois membros da comissão provisória, que escolheriam o nome do novo candidato. A especulação é que a artimanha seja uma tentativa de “emplacar” um representante do PSDB na coligação. A atitude não agradou nada aos nomes que eram cotados para assumir a chapa. Se a briga continuar e um novo candidato não for apresentado em 10 dias, a única adversária na disputa, a petista Maria Isabel de Abreu Corgosinho, precisará de 50% dos votos válidos mais um para ser eleita.


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