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Estado de Minas

Vaccarezza vê traição "residual" na votação do mínimo na Câmara


postado em 18/02/2011 07:28

Brasília – Depois de ameaçar os parlamentares dissidentes na semana passada, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) adotou, garantida a vitória folgada, um tom mais conciliador em relação aos infiéis, em especial ao PDT. Vaccarezza foi mais duro com os dois deputados do PT que votaram contra do que com os nove do PDT. O líder disse que caberá à presidente Dilma Rousseff definir se haverá e qual o grau da punição. Ele fez questão de elogiar o PMDB, que deu 100% dos 77 votos da bancada.

“O resultado da votação foi extremamente positivo para o governo. Foi impressionante a votação do governo. As dissidências foram residuais, então, não vamos tratar essas dissidências como houvesse uma articulação de dissidentes. Sou da paz”, disse. Perguntado se defendia um "caça aos infiéis", Vaccarezza foi cauteloso ao falar do PDT, partido do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), defensor dos R$ 560 como valor do salário mínimo. “O PDT não criou muito problema no debate. O partido viveu um tensionamento muito grande. De nossa parte, vamos convidar o PDT para votar fechado com o governo”, disse.

Entretanto, o petista disse que os colegas de partido cometeram um erro grave com o governo Dilma. Em contrapartida, disse que o PMDB mostrou lealdade. “O PMDB demonstrou lealdade e força. É uma segunda lua de mel (com o governo)”, disse Vaccarezza.

Ele ainda confirmou que, encerrada a votação do salário mínimo, o governo editará medida provisória com a correção da tabela do Imposto de Renda, provavelmente em 4,5%, que é o centro da meta de inflação. Mas ele defendeu que isso ocorra apenas para o IR de 2011, a ser entregue em 2012, e não para os próximos quatro anos. O líder também defendeu que a presidente Dilma possa fixar, por decreto, o valor do salário mínimo. Ele argumentou que o Congresso irá definir, em lei, a regra de correção do salário e que, por isso, não está retirando poder do Legislativo de tratar do assunto. Ele disse que o Congresso, ao aprovar o projeto do mínimo, fixará em lei a regra de reajuste: a inflação do período mais o PIB de dois anos anteriores. “A Câmara não vai decidir sobre o mínimo, a Câmara já decidiu (quarta-feira). O que o Executivo vai fazer é apenas essa equação prevista no projeto”, afirmou.

Desertores

A votação do salário mínimo, na noite de quarta-feira, serviu como teste para o governo da presidente Dilma Rousseff, a fim de saber qual o grau de coesão da base aliada. E serviu também para conhecer possíveis desertores. Segundo o levantamento do site Congresso em Foco, 15 deputados da base traíram a proposta do governo e votaram a favor da emenda do DEM, que propunha salário mínimo de R$ 560. O governo não aceitava nada mais do que R$ 545. Em ordem alfabética, o nome dos deputados que traíram o governo e votaram a favor dos R$ 560 foram: Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Enio Bacci (PDT-RS), Eudes Xavier (PT-CE), Francisco Praciano (PT-AM), Giovanni Queiroz (PDT-PA), Jair Bolsonaro (PP-RJ), João Dado (PDT-SP), Miro Teixeira (PDT-RJ), Paulo Maluf (PP-SP), Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), Reguffe (PDT-DF), Salvador Zimbaldi (PDT-SP), Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), Vieira da Cunha (PDT-RS) e Zoinho (PR-RJ).

 


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